A mulher, desde as civilizações antigas como na Grécia, possui seu papel na sociedade já estipulado por outros, era impedida de participar da política e seus atos deveriam ser sempre de acordo com a sociedade e não pelos seus anseios. Hoje, ainda existem certas barreiras, provavelmente herdadas de períodos anteriores, nas quais algumas mulheres ainda estão lutando para conseguirem seus direitos como de interromper a gestação, que é um assunto considerado um tabu, o que têm gerado muita polêmica. No Brasil, a quantidade de abortos realizados de forma clandestina é alta e coloca a vida de milhares de mulheres em risco, uma pesquisa feita pela UNB, mostrou que uma em cada cinco mulheres que já completaram 40 anos já realizaram pelo menos uma intervenção de gravidez. Essas intervenções acontecem, geralmente, em situações precárias como em locais não adequados, material não esterilizado e falta de acompanhamento, mostrando que mesmo com a proibição do governo não é o suficiente para evitar esses casos, apenas acabam "tapando os olhos" para esse problema. Além disso, é o conservadorismo da própria sociedade que amparada em antigos costumes ou pela religião não aceita essa prática. Alguns livros da literatura brasileira chegaram relativamente perto de tratar desse assunto, como em Lucíola, em que a mulher acaba se matando com o filho, fazendo de seu corpo um caixão para o mesmo. Esses assuntos causam extremo alvoroço na população, mas servem para causar a reflexão e a discussão. Outro problema ocorre com a proibição do aborto, a mulher que recorreria a esse método acaba sendo obrigada a ter um filho que ela não deseja, e este pode ser prejudicado no futuro, já que pagará por um erro que sua mãe cometeu, pois muitas acabam abandonando seus filhos ou oferecendo uma uma vida conturbada ao mesmo. Também exitem argumentos de que a mulher deveria ter direito de controlar seu próprio corpo e, portando de decidir se terá ou não um filho, pois é ela que terá o dever de cuidar dessa criança, se tiver. Desse modo, é necessário um maior esclarecimento sobre o assunto nas escolas, com palestras que expliquem a situação do problema no Brasil, para que tenha uma maior aceitação na sociedade. Além disso, o governo também deveria legalizar essa prática, fiscalizando clínicas clandestinas e dando um procedimento mais seguro para essas mulheres, sendo que também deveria ter uma maior organização, como o acompanhamento dos pais para menores de idade. Também tendo o apoio das mídias televisivas para tratar o assunto com a população geral e explicar como deve ser feito o procedimento para tirar esse assunto do rótulo de tabu.