Título da redação:

A autonomia não é o remédio da interrupção gestacional

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 14/12/2015

O ser humano busca a todo o momento pela liberdade e desejo da autonomia. Seja na forma do pensamento, expressão e ações. Em contrapartida, existem leis e as mesmas são necessárias para a manutenção da ordem de uma sociedade. Neste cenário, surge um tema polêmico sobre a autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação. Desta maneira, uma pessoa não pode possuir a autonomia de retirar outra vida. Não é possível reparar o erro da gravidez indesejada com outro. Em virtude a tantos métodos contraceptivos, em pleno século XXI, esse é um erro que não deve ser remediado. Grande parcela dos abortos clandestinos está relacionada a uma gestação não planejada. Mulheres e homens jovens, que muitas vezes se descuidam, e acabam sendo surpreendidos com o teste positivo da gravidez. É comum, hoje no Brasil, uma pessoa possuir um casal de amigos que experimentaram essa realidade. Assim, para não “destruir” a vida do casal, uma grande parcela opta por tirar a vida da criança em uma clínica clandestina de aborto, colocando em risco também a vida da mãe. A mulher precisa de liberdade e autonomia, porém, é preciso limites para que os direitos humanos sejam garantidos, pois uma vida será retirada em virtude de uma falta de precaução. Com um ponto de vista diferente, o conselho federal de medicina (CFM) luta pela liberação do aborto até o 3º mês de gestação. A tese defendida é o da redução do número de procedimentos clandestinos após essa ação. Sendo assim, porque ao invés de querer pegar essa fatia de procedimentos, o CFM não luta por uma conduta preventiva e informativa? Ou, aumenta as fiscalizações com um maior rigor nas leis para caso de procedimentos clandestinos? Mulheres usam da sua liberdade e autonomia para realizar aborto clandestino em consequência do seu próprio descuido. Não é possível permitir esse assassinato legalizado por conta da irresponsabilidade de terceiros. Desta maneira, a mulher brasileira não deve possuir autonomia para casos de interrupção da gestação. É preciso que o Estado aumente os investimentos nas fiscalizações e punições para com os profissionais e clínicas clandestinas de aborto. Somado a isso, ampliar carga horária sobre esse tema no ensino básico com acompanhamento e fiscalização dos resultados na população estudada. Além disso, através dos outdoors, novelas e jornais conscientizar a população sobre formas de prevenção, consequências de uma gestação não planejada e riscos de um aborto. Cabe a sociedade, buscar informações na internet, livros e através dos médicos sobre os métodos contraceptivos para que assim a mulher não apresente descuidos que levem a uma questão irremediável, a gravidez indesejada.