Desde os primórdios da civilização, a agricultura possibilitou um avanço exuberante da sociedade humana, já que, ao cultivar os alimentos, não era mais necessário caçar. Hodiernamente, não é diferente, pois o avanço do agronegócio está possibilitando um desenvolvimento econômico no Brasil, porém, faz-se necessário o questionamento sobre o custo desse desenvolvimento. Primeiramente, o avanço da agroindústria está devastando o meio ambiente. Segundo o relatório do Estado das Florestas do Mundo (SOFO), o agronegócio é responsável por 70% do desmatamento da América Latina entre 2000 e 2010. Esse cenário corrobora no aquecimento global, pois, ao derrubar as árvores - organismos responsáveis pela absorção do dióxido de carbono do ambiente - fará com que o gás carbônico fique retido no ar, aquecendo a atmosfera. Além disso, conforme a ONU, 33% dos alimentos do mundo se perdem, pois no início da cadeia produtiva - agricultura - por falta de tecnologia, falhas no armazenamento e nos transportes, há um desperdício considerável de alimentos. Consequentemente, os gastos perdidos das indústrias alavancam os preços dos alimentos, impossibilitando muitos indivíduos de adquirir esses. Diante disso, seguindo o dito da política Marina Silva que dizia que o custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo, cabe à Câmara dos Deputados e ao IBAMA elaborar, em parceria, leis e processos fiscalizatórios mais rigorosos nos agronegócios com o intuito de reduzir o desmatamento e incentivar o investimento dos agricultores na luta contra o desperdício. Igualmente, o Ministério das Comunicações precisa desenvolver campanhas midiáticas para mobilizar a população no reflorestamento de áreas devastadas e para ampliar os cuidados com a natureza. Com essas ações, a dívida pelo desenvolvimento será paga.