A produção agrícola brasileira vem desgastando o meio natural desde a colonização portuguesa, com a destruição da mata atlântica para dar espaço às plantações de café e cana-de-açúcar. E mesmo após séculos de evolução, estudo, e novas tecnologias modernas, a população continua deixando que o agronegócio leve seus tesouros naturais e, indiretamente, sua qualidade de vida. A intensificação da pecuária tornou necessária a produção de um volume excessivo de soja, empregada na ração animal. Para atendê-la, a fronteira agrícola (agora intitulada MAPITOBA) avança cada vez mais sobre o Bioma Amazônico e o Cerrado. Esse avanço não só prejudica espécies endêmicas (já que o Cerrado é considerado um hot-spot), como também altera todo o regime de chuvas do país, visto que grande parte da umidade nacional é proveniente da floresta amazônica. Outro grande problema, dessa vez socio-ambiental, trazido pelo agronegócio moderno, é a criação de superpragas. Para garantir a máxima produtividade da safra, os grande proprietários abusam de todo tipo de pesticida conhecido. Esses remédios, de acordo com a teoria de seleção natural de Darwin, vão selecionando organismos cada vez mais fortes, os quais se reproduzem e formam uma população altamente resistente ao meio, com elevado potencial para invadir novas áreas (inclusive regiões de alta concentração humana, causando moléstias) e dizimar espécies nativas. Dessa forma, percebe-se a necessidade de controle da devastação gerada pela agropecuária intensiva. Para isso, é importante que os governos municipais incentivem os pequenos produtores, ainda ligados à formas naturais e tradicionais de produção. Ademais, a população deve cobrar dos governos estaduais a fiscalização de áreas vulneráveis existentes na região, além da implantação de novas e mais rigorosas leis ambientais. Dessa forma, garante-se o crescimento sustentável das atividades agrícolas, pautado, antes de tudo, no respeito com a biodiversidade e com o meio natural.