Título da redação:

Nova relação harmônica: Sintropia

Proposta: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 27/09/2016

A vez da sintropia Desde a colonização, a agricultura brasileira se baseia na monocultura. Além de intensificar a concentração fundiária, esse processo esgota o solo, seja por meio de agrotóxicos que contaminam a terra e o lençol freático, seja pela falta de nutrientes decorrentes da utilização de só um gênero agrícola. Por isso, a velha oligarquia enraizada na política, ao longo dos séculos, precisa ser substituída pelas minorias as quais visam o bem estar do homem com o meio ambiente – principalmente pela plantação sintrópica. Na déc. de 70, a Revolução Verde concedeu créditos financeiros aos latifúndios. Desse modo, houve a expansão do agronegócio em direção ao Cerrado, Pantanal e à Amazônia. Os reflexos desse desastre foram o desmatamento, a extinção da fauna local e o desrespeito aos direitos dos extrativistas e das comunidades indígenas. Atualmente, devido à bancada ruralista – descendentes dos coronéis do séc. XIX – o empoderamento de ambientalistas não é efetivado, por conseguinte a legislação florestal continua flexível, permitindo, portanto, a manutenção do status quo de privilégios ao agronegócio. Além das consequências ambientais a curto prazo, há reflexos que podem ser extremamente prejudiciais no decorrer dos anos, como por exemplo: a contaminação de aquíferos – grande volume de água presente no subterrâneo utilizada para irrigação e consumo urbano – por agrotóxicos; e a intensificação da desertificação, ocorrida em decorrência ao elevado uso do solo e de máquinas pesadas que compactam o chão impedindo a absorção de nutrientes. Essas agressões antrópicas guiadas pela cobiça de latifundiários inibem a adequação da agricultura sintrópica, defendida pelos ambientalistas, que consiste em cultivar várias espécies numa mesma região, tal não precisará de um único produto, mas sim produções menores de diversos outros alimentos. Em razão disso, é importante o empoderamento de grupos políticos que busquem a conservação do meio ambiente, almejando a efetivação de medidas que incentivem a agricultura sintrópica, de modo a gerar empregos aos extrativistas e eliminar o uso de agrotóxicos, haja vista que a sintropia não necessita do uso de químicos. Ademais, o Judiciário deve defender as demarcações feitas para as comunidades indígenas e fiscalizar de forma rígida os latifundiários a fim de impedir o avanço do agronegócio. Assim, seremos harmônicos com o ambiente.