Em 1500, com a descoberta do Brasil pelos portugueses, Pero Vaz de Caminha escreveu uma carta ao então rei de Portugal Dom Emanuel I sobre as maravilhas da nova terra conquistada. Anteriormente a colonização portuguesa, os índios viviam em harmonia com a natureza, preservando-a e mantendo uma relação mutualística. Todavia, com a exploração do Pau Brasil, iniciou-se uma era de desmatamentos e agressões a natureza que vem aumentando até hoje com o crescimento do agronegócio brasileiro. Analogamente ao crescimento da participação do agronegócio no PIB brasileiro -cerca de 23% -, cresce paralelamente a devastação das florestas. Por causa da elevação do consumismo e da população, aumenta a demanda por recursos naturais e matérias-primas, que por conseguinte exigem cada vez mais do meio ambiente. Diversas são as causas dos desmatamentos, dentre elas a extração madeireira e a abertura de pastos para criação bovina são as principais, pois alimentam a construção e as dispensas. Além disso, é comum a derrubada de árvores para atividade mineradora afim de explorar minérios e seus derivados. Ademais, uma nova tecnologia de sementes modificadas geneticamente resistentes a animais têm contribuído para perda da biodiversidade, pois além de substituírem as florestas para seu plantio, estas atingem animais não alvo prejudicando o equilíbrio natural do ambiente. Por tudo isso, a degradação do meio ambiente vem se agravando cada vez mais e podem gerar consequências irreparáveis para a natureza e para homem. Há exemplo disso, temos a Mata Atlântica, que hoje só possui 7% de seu território original, com isso muitas espécies estão seriamente ameaçadas, além de serem animais e vegetais endêmicos. Esse constante desequilíbrio não só no Brasil mas no mundo, já tem mostrado resultado, como por exemplo a elevação do nível dos mares, o derretimento das calotas polares, o aumento da temperatura ano a ano, o comprometimento da qualidade do ar etc. Portanto, torna-se evidente que os recursos naturais são finitos e necessitam de bom uso e preservação. Dessa maneira, o CONAMA deve aumentar as áreas de proteção florestal afim de que diminua o desmatamento e a mineração ilegal. Além disso, deve criar projetos junto a ONGS para o reflorestamento de campos devastados, bem como aplicação de multas e obrigação de replantio aos multados. Ademais, o IBAMA precisa aumentar a fiscalização em todas florestas, principalmente, na Amazônia fazendo uso de câmeras e helicópteros com monitoramento constante. Ademais, planos governamentais de incentivo a agricultura familiar e orgânica são fundamentais, visto que estas causam menor impacto com sua produção, além de integrar colheita com a pecuária afim de atenuar problemas com o gado. Logo, nós devemos fazer igual aos índios: cuidar da natureza e trabalhar paralelamente a ela e não contra. Assim garantiremos bons recursos paras gerações futuras.