Título da redação:

Homeostase do agronegócio

Proposta: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 02/10/2016

Desde o período da colonização, o Brasil tem a sua economia baseada na monocultura latifundiária, sendo, esta, responsável por parte relevante no PIB. Entretanto, nos últimos tempos, a modernização desta atividade tem sido responsável, não só, pela devastação de ecossistemas, como também pela interferência negativa em recursos naturais e ciclos de vida, o que não é, de fato, um preço justo a se pagar pelo desenvolvimento não-sustentável. Primeiramente, é necessário compreender-se os efeitos da expansão descontrolada e insustentável do latifúndio, que deve ser responsável pela exterminação de extensas áreas vegetais e ecossistemas, através de queimadas, substituindo-as por pastos e lavouras. Desde a implantação do Plano de Desenvolvimento do Centro-Oeste, que deu incentivo especial ao agronegócio, mais da metade do Cerrado - vegetação predominante na região - já foi devastado, o que comprova a relação do agronegócio. Nesta região, além de se eliminar corredores ecológicos, a biodiversidade deverá ser reduzida ao extremo, inibindo-se a fauna e a flora. Outrossim, o desenvolvimento tecnológico da atividade agrícola trouxe consigo consequências para os ciclos naturais. A utilização de maquinários de grande porte deve acarretar a compactação do solo, o que, além de dificultar o plantio, deve provocar o processo de erosão. Também é importante pontuar o crescente uso de agrotóxicos, que, devido ao uso incorreto e excessivo, além de selecionar, gradativamente, pragas mais resistentes, pode infiltrar no solo, contaminando lençóis freáticos, ou ser levado, através da água, a correntes fluviais, prejudicando a vida aquática. Fica clara, portanto, a iminente necessidade de se prezar pelo desenvolvimento, sobretudo, sustentável. O Governo, assim como a população, deve reforçar a fiscalização às atividades de desmatamento, especialmente às queimadas, devendo aplicar punições severas aos infratores. Além disso, o Governo deve, também, burocratizar as pesquisas do agronegócio, devendo incentivar pesquisas com foco sustentável, que devem ser realizadas paralelamente às de desenvolvimento de técnicas de plantio, visando minimizar os impactos ambientais destas, viabilizando, então, o desenvolvimento sustentável.