Desde o século XVI, marco inicial da colonização portuguesa no Brasil, aqui estabeleceu-se uma economia apoiada no latifúndio e na agroexportação. Essa modelo econômico, todavia, se desenvolveu em meio a técnicas rudimentares de exploração do solo que causaram enormes danos e perdas a fauna e a flora do país. A Mata Atlântica, magnífico bioma do litoral brasileiro, hoje encontra-se quase completamente devastada. Atualmente, restam apenas 7% do que esse bioma foi um dia. Esse genocídio ecológico, entretanto, não se limita somente a região litorânea, pois o agronegócio continua a crescer de forma não sustentável, fazendo uso de produtos químicos que matam animais e devastando biomas. Além da Mata Atlântica, que já sofreu grandes perdas, os biomas mais agredidos dos últimos anos têm sido o Cerrado e a Floresta Amazônica. Isso é fato, pois essas áreas têm sido usadas, principalmente, para a criação de pastos para o gado bovino, grande emissor do gás estufa CH4, e para a monocultura da soja, que exaure o solo e reduz a biodiversidade. Sendo assim, torna-se notória a urgência de medidas que melhor amenizem os efeitos do agronegócio brasileiro. Para que isso ocorra, o Governo Federal deve acelerar o processo de reforma agrária, que vem perdendo força nos últimos anos. Isso deve ser feito, pois uma melhor distribuição da terra contribui para o melhor proveito do espaço agrícola e evita buscas de novos terrenos para a agricultura. As universidades, por sua vez, devem intensificar pesquisas que viabilizem a produção de agrotóxicos menos impactantes ao meio ambiente e com menor custo de prudução, pois isso estimularia o agricultor a fazer uso de produtos menos danosos à natureza.