Título da redação:

Forma degradante de avançar

Proposta: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 04/10/2016

A Revolução Verde, desenvolvida pelos Estados Unidos, tinha o objetivo de aumentar a produção alimentícia, para erradicar a fome no planeta. Essa transformação abrupta no cenário agrícola, por meio do uso de tecnologia moderna, como maquinários e técnicas genéticas de fato permitiu o crescimento da quantidade de alimentos, mas isso não garantiu o fim de problemas sociais relacionados à carência nutricional de inúmeras famílias. Contudo, o avanço do agronegócio gerou a degradação do meio ambiente e a falência dos pequenos agricultores. Nesse contexto, a dissipação da visão capitalista, que a lucratividade é a meta primordial dos sistemas empresarias, favorece o detrimento do ambiente natural, como também a manutenção da desigualdade de distribuição de terras no Brasil. Além disso, a existência da bancada ruralista no poder Legislativo garante a perpetuação da atuação das grandes empresas agrícolas de forma que suas ações degradantes não possuem punições. Ademais, a presença de um largo mercado consumidor dessas indústrias agropecuárias fomenta a continuação do processo produtivo de maneira insustentável. Ainda convém lembrar das consequências do avanço do agronegócio no aspecto ambiental. Atualmente, é perceptível que a qualidade da água está em decadência e os ambientalistas e as comunidades mais pobres clamam pela economia nas residências. No entanto, a diminuição no uso de água deve ser feita pela agropecuária, já que apenas essa atividade consome cerca de 70% de água do total utilizado. Somente para a produção de 1 quilo de carne bovina são gastos 15500 litros de água. Outro fator existente são os efeitos do latifundiário no âmbito social. O pequeno agricultor não detém de capital para promover o desenvolvimento da produção e, assim, possui um mercado consumidor limitado e reduzido em comparação com o empresário agrícola. Desse modo, na dificuldade de lucrar, o agricultor vende o terreno para o agronegócio, o que favorece a acentuação da questão fundiária e ambiental. Sendo assim, é essencial que ONG’s (Organizações Não Governamentais) promovam campanhas de conscientização para a população diminuir o consumo de carne, principalmente bovina, visto que haverá menos plantações de soja para a produção de ração e, consequentemente, menor será a área desmatada. Além disso, as escolas e prefeituras devem realizar campanhas e propagandas para influenciar a comunidade a consumirem produtos derivados da agricultura familiar, já que esses alimentos são mais saudáveis, pois não há uso de agrotóxicos e há o uso de técnicas agrícolas menos impactantes. Por último, o Ministério da Agricultura deve oferecer subsídios aos pequenos agricultores com o objetivo de impedir a expansão das empresas e das formas de desmatamento e da perda de biodiversidade.