Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa ao Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos são infinitos. Nesse sentido, os atuais latifundiários do agronegócio, cegos pela ganância, parecem ainda não ter entendido os impactos negativos que suas atividades causam na natureza se não realizadas de forma correta. Apesar de ser um dos principais componentes da economia brasileira, o agronegócio necessita de extensas áreas para sua realização, o que traz diversos prejuízos ao meio ambiente, e deve ser efetuado de forma consciente e responsável. Um dos impactos vistos atualmente foi a seca na região sudeste, que ocorreu por falta de investimento e planejamento, mas também porque houve uma drástica redução no regime de chuvas. Isso ocorre porque sem a vegetação nativa, a Amazônia não produz umidade suficiente para compor os rios voadores adequadamente, responsáveis por trazer uma massa de ar quente e úmida para o sudeste, que poderia ocasionar as chuvas. Além do arco do desmatamento, outro problema é o uso de agrotóxicos, que ao longo do tempo selecionam os indivíduos mais resistentes das populações de pragas e passam a não ter efeito, tendo de ser utilizados cada vez em maior quantidades, poluindo o solo e a água. Os efeitos desse tipo de poluição podem ser vistos diretamente no ambiente aquático, com a morte de peixe e vegetais ou através de envenenamento de outros níveis tróficos através da bioacumulação. Portanto, sendo um país que vem se destacando no setor do agronegócio, o Brasil, através do Ministério do Meio Ambiente, deve investir em uma legislação rígida para combater o desmatamento, uso desenfreado de agrotóxicos e demais ações nocivas ao meio ambiente, com penas que variem de multas a reclusão. O valor arrecadado com as multas, além de investimentos já previstos pelo governo federal, deve ser investido nos órgãos de investigação e policiamento, como Ibama e polícia florestal a fim de aumentar a fiscalização e coibição dos infratores. Além disso, deve haver investimento em tecnologia e descoberta de novas formas de produção sustentáveis, para aumentar a produtividade e evitar que grandes áreas sejam desmatadas, infraestrutura para baratear os custos de escoamento dos produtos e regularização de áreas já ocupadas por grileiros.