Título da redação:

Custo real pelo "avanço econômico" na produção e exportação de commodities

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 30/09/2016

A Agricultura intensiva voltada para o agronegócio, mais especificamente ara exportação vem causando sérias consequências ambientais e sociais em nosso país, como desmatamento, erosão de solos, alterações climáticas e até mesmo desempregos e queda na renda local, gerados pela concentração de terras em posse de grandes latifundiários. Atualmente 65% das exportações do Brasil são de “commodities”, tendo como um de seus maiores clientes a China. Destes produtos podemos citar a produção de soja e eucalipto que estão entre os maiores geradores de renda e crescimento econômico para o para o país. Este que por sua vez tem um custo muito mais alto se contabilizarmos a destruição de nosso ecossistema. A criação de gado - que também causa inúmeros efeitos danosos ao meio ambiente - utiliza da soja para alimentação dos animais antes do abatimento, está causa efeitos irreversíveis para o meio ambiente, como o desmatamento em mais de 60% do cerrado brasileiro, método de agricultura intensiva gerando a corrosão do solo pela produção excessiva e utilização de herbicidas e afins. Já o eucalipto, além de compartilhar dos mesmos problemas supracitados, por característica própria da planta ainda consome água do solo, gerando extinção de lençóis freáticos e rios próximos. Além de todos os fatores ambientais, cabe lembrar que os latifundiários em muitos casos prejudicam pequenos proprietários de terras que praticam agricultura extensiva e fornecem seus insumos dentro do país para consumo da população. Podemos citar como exemplo o caso do assentamento agroextrativista de Nova Ipixuna no Pará, onde pequenos proprietários cultivam produtos locais como açaí e cupuaçu enquanto madeireiras e serrarias ficam as voltas em busca da exploração do meio ambiente. Muitos agricultores de pequeno porte defendem uma melhor utilização das terras e a preservação de nosso ecossistema. Contudo, não ficamos imunes à exploração, cabe aos órgãos responsáveis e ao ministério da agricultura, fiscalizar e incentivar programas de não agressão ao meio ambiente, como policultura para não desgaste do solo e delimitação de terras para preservação da flora e fauna ainda existente.