Um dos setores que mais cresceu no ano de 2015, o agronegócio foi elementar para a economia brasileira, uma vez que contribuiu para o aumento do nosso produto interno bruto (PIB). Por outro lado, esse crescimento fenomenal esconde prejuízos alarmantes para o meio ambiente, como desequilíbrio ecológico entre as espécies animais e vegetais, poluição da água, do solo e do ar, etc. Inquestionavelmente, a expansão do agronegócio, o qual é a junção da produção agropecuária com a indústria, foi fundamental para equilibrar a balança comercial brasileira nos tempos de crise. O avanço em pesquisas e técnicas para a ampliação da produção no campo e os investimentos feitos pelo governo federal nessa esfera desencadearam um aumento significativo no número de exportações de nossos produtos como soja, milho e algodão e carne bovina para diversos países do mundo, como maior exemplo a China. Entretanto, tamanho progresso econômico se refletiu negativamente na biosfera nacional. O desmatamento de extensas áreas para o cultivo de monoculturas e para a formação de pastos são atualmente uma das maiores preocupações de instituições e ONG's engajadas com causas ambientais, pois além de retirar a proteção natural do solo contra a erosão e exaustão, o desflorestamento contribui para a extinção de espécies vegetais e animais, alimenta o comércio ilegal de exploração de madeira e aumenta o risco de desertificação de um bioma. Além do desmatamento, outras ações antrópicas, como o uso de agrotóxicos, geração de gases poluentes através dos maquinários utilizados no plantio, colheita e transporte dos alimentos e desperdício de recursos hídricos por meio de um sistema de irrigação inadequado tornam o agrobusiness um meio insustentável ecologicamente. Enfim, para que o agronegócio continue alavancando a economia mas prezando a sustentabilidade, é necessária uma ação conjunta de todas as esferas governamentais em parceria com ONG's e grandes produtores para estabelecer medidas de preservação ambiental dos recursos regionais e o reflorestamento de áreas não utilizadas e a fiscalização bem como a aplicação de multas por parte de secretarias do meio ambiente para os infratores dessas medidas ; é necessário investimentos do governo federal para pesquisas de técnicas mais econômicas de irrigação e menos nocivas de combate às pragas; se faz necessária também a participação do exército na busca e apreensão de madeireiras ilegais; além da conscientização social que só é possível crescer preservando as riquezas naturais.