Título da redação:

Consequências do agronegócio irresponsável

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 26/09/2016

O surgimento de novas tecnologias de produção no meio rural alavancou o crescimento da agricultura, principal atividade econômica desde a colonização iniciada no século XVI. Todavia, com o advento do capitalismo e da globalização, surge uma busca incessante por mais lucro, que se reflete na expansão de áreas agricultáveis, junto ao devastamento de territórios com vegetações ainda originais. A região denominada Fronteira Agrícola do Centro Oeste é vista como o "celeiro" do Brasil devido a forte participação na economia agrária, principalmente através da produção de soja. Contudo, nessa área nota-se a grande devastação causada na vegetação do Cerrado, que segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, possui apenas cerca de 54% da vegetação natural preservada. Além disso, essa fronteira agrícola avança para a região Norte, local onde o domínio amazônico já sofre com a intensa exploração madeireira. Na busca por uma produção mais lucrativa, o agronegócio se utiliza de agrotóxicos para a eliminação de pragas que comprometeriam a safra. O problema é que esses produtos químicos podem extinguir na região, espécies fundamentais para o equilíbrio ecológico e ainda contaminar o solo e os rios, além de causar problemas para a saúde humana como a intoxicação alimentar e o câncer. Outra preocupação relacionada ao desequilíbrio ecológico é a utilização de plantas transgênicas que podem eliminar outras espécies e desregular a relação gênica entre organismos que existia anteriormente. Visto a problemática ambiental causada pelo agronegócio irresponsável, torna-se importante a atuação conjunta dos ministérios do meio ambiente e da agricultura visando fiscalizar e conscientizar os produtores sobre o uso em excesso de agrotóxicos, além de incentivar o uso do controle biológico de pragas em substituição aos defensivos agrícolas. Cabe ainda ao poder público a criação de novas reservas florestais e a promoção de acordos com donos de latifúndios improdutivos para o reflorestamento total ou de parte dessas áreas.