Desde antes de os portugueses chegarem no Brasil, os índios que viviam no território já faziam uso da terra para plantar seu alimento. Por ser um país com extensões continentais, possui uma grande diversidade de climas, chuvas regulares e solo fértil, o que o torna um espaço mais que apropriado para produzir vários tipos de mantimentos. Isso faz com que o Brasil, hoje, seja considerado o celeiro mundial, e assim, o agronegócio avança cada vez mais, deixando para trás o cultivo somente para subsistência como no início. No entanto, existe um preço muito alto a se pagar por esse avanço. Com a ganância dos cidadãos, de sempre produzir e lucrar mais, muitas vezes não se nota os estragos que estão sendo causados, como por exemplo a degradação do solo, pois não há uma rotação de culturas, como na agricultura familiar, assim, a cada plantação com o cultivo inadequado e uso de máquinas intensivas, o solo perde nutrientes e é compactado, decaindo suas propriedades e não podendo ser reutilizado. Esse fato resulta na busca de novas terras para lavrar, e territórios ilegais são invadidos, como florestas e também terrenos de famílias de baixa renda, que são obrigadas a largar suas casas e vidas para trás. Segundo pesquisas, nos últimos anos, 40% da devastação da Amazônia foi devido ao crescimento do agronegócio, que além de destruir a vegetação tira os animais selvagens de seus hábitats naturais, e chega a levar muitos deles a morte. Dessa forma, por mais que a agricultura seja importante para a economia do país, é necessário fazê-la com consciência, sem acabar com o meio ambiente. A começar pelo governo federal, que precisa fiscalizar as empresas para não invadirem locais proibidos e multar aqueles que já o fazem. Partindo da União, precisa-se incentivar o uso da rotação de cultura, em que uma parte da terra é utilizada, enquanto outra “descansa” e recupera seus nutrientes, dando benefícios, como abatimento nos impostos, para os empresários que fizerem uso desse recurso, para se aproveitar melhor do solo. E as ONGs podem realizar palestras abertas à comunidade sobre o péssimo impacto que esse avanço da agricultura está causando, alertando a sociedade para os riscos que o meio ambiente corre com essas ações.