É notório que o século XXI é o século das descobertas, das inovações e da tecnologia. Dia após dia, são diversos os estudos e pesquisas visando melhorar a sociedade em suas diversas esferas. Contudo, há a perpetuação de uma problemática que já se extende desde a chegada dos portugueses ao Brasil no século XV: a superexploração da terra e a conversão de seus frutos em mercadoria, algo conhecido atualmente como agronegócio. Por uma ótica, a exploração da terra foi algo necessário. Desde o ciclo do açúcar até o da soja, o cultivo da terra foi a base fundamental da economia nacional. Responsável por mais de 25% do PIB, o agronegócio possibilitou a urbanização e o desenvolvimento do país. Graças a ele, o Brasil é hoje uma das dez maiores potências econômicas do mundo e o maior agroexportador de soja. Por outra ótica, a ausênsia de uma sustentabilidade explorativa acarrentou consequências catastróficas não somente para o país, mas para todo o mundo. A natureza é algo indispensável para o equilíbrio do planeta e sua extinção implica a extinção da espécie humana. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde o século das Grandes Navegações ao do desenvolvimento técnico-científico foram desmatadas mais de 60% da área verde original brasileira. São inúmeras as consequências desse fato: agravamento do aquecimento global, do efeito estufa, da erosão e de alagamentos. Fenômenos esses que ocasionaram a extinção de dezenas de espécies e habitats, elevaram o nível do mar em quase um metro e a temperatura do planeta em mais de 3ºC. Tomando como base o supracitado, faz-se notório a intervação do MMA (Ministério do Meio Ambiente) e do MJ (Ministério da Justiça). Nesse sentido, o MJ deve reforçar a fiscalização em relação ao avanço ilegal da desmatação promovida por latifundiários ou terceiros, criando uma lei que puna o transgressor não apenas com a prisão, mas também com um ressarcimento da área ocupada ilegalmente com um reflorestamento ambiental proporcional ao triplo dessa área. Adicionado a essa medida, o MMA deve promover a ampliação das APP’s (Áreas de Preservação Permanentes) para que, assim, assegure-se que as áreas verdes remanescentes sejam preservadas. Destarte, espera-se que o homem tome consciência de suas atitudes e conscientize-se antes que seja tarde demais, pois, como disse o Greenpeace: “Quando a última árvore tiver caído, o último rio tiver secado e o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.” OBS: desconsidere a imagem.