Em meados do século XVIII Malthus, cientista inglês, lançou mão de uma teoria na qual o homem alcançaria o ápice de exploração dos recursos naturais do planeta e com isso surgiriam disputas e guerras pelos mesmos. Isso não ocorreu porque o homem desenvolveu a tecnologia (de máquinas e insumos) que lhe permitiram o aumento da produção com a mesma área utilizada, essa foi a chamada Revolução Verde (ocorrida na década de 70). Entretanto, com o aumento populacional, e, por conseguinte o aumento da demanda por recursos naturais tem propiciado inúmeros danos ao meio ambiente. Grandes conglomerados de capital internacional financiam a produção de commodities (soja, milho), das agro empresas, voltados à exportação. Isso gera um ciclo pernicioso na concentração e degradação do meio ambiente, porque esses grandes proprietários são os que mais utilizam produtos e técnicas de produção que poluem o meio ambiente (uso excessivo de insumos, assoreamento de rios e lagos em decorrência do modelo de plantio). Soma se a isso o fato de pequenos e médios proprietários realizarem desmatamento e queima e florestas em suas propriedades como meio de subsistência, e quando há o esgotamento desse modelo são obrigados a vender suas propriedades aos grandes proprietários fechando assim esse ciclo. Além disso, o problema é agravado pelo uso de sementes de plantas transgênicas, pois, não há um estudo efetivo sobre os danos causados nas culturas nativas, bem como pela dependência de empresas transnacionais que detêm o monopólio de produção e fornecimento dessas sementes. Com isso o preço final da produção tem forte influência em decorrência do custo com essas. Existe ainda os problemas da falta de fiscalização de crimes ambientais devido à falta de estrutura dos órgãos fiscalizadores e pela produção de poluentes decorrentes do modelo pecuário brasileiro, o extensivo, em que o gado utiliza grandes pastagens influindo na necessidade de desmatamento e ainda pelo fato de ruminantes criados nessas condições serem produtores do gás metano que é quatro vezes mais poluente que o gás carbônico. Diante dos dados supracitados faz-se necessário uma atuação efetiva do governo e da sociedade, através da melhoria da fiscalização de crimes ambientais pelo aumento do efetivo e investimento em tecnologias de monitoramento por satélite para otimização dessas operações. Também pela criação de linhas de crédito voltadas aos pequenos e médios proprietários, que não estejam envolvidos em desmatamento, para que os mesmos façam uso de suas propriedades sem causar danos ao meio ambiente com produção sustentável (plantio direto, agricultura orgânica) exploração do ecoturismo, coleta e processamento de frutos nativos em mini cooperativas, garantindo-lhes assim renda. Ainda pelo uso de campanhas publicitárias voltadas à denúncia de crimes ambientais, pelos cidadãos, em redes sociais, televisão e pela criação de câmara temática, em universidades públicas, para discutir com produtores, empresas de insumos, pesquisadores e sociedade quanto à soluções que sejam viáveis para ambos os envolvidos.