Em 1500, ano em que a história data o descobrimento do Brasil, suas riquezas naturais e capacidade agropecuária foram exaltadas e exploradas em prol do desenvolvimento português. Hoje, no entanto, as práticas pecuárias sobrevivem de maneira hedonista sob um discurso insustentável de manutenção das riquezas nacionais. Primeiramente, é necessário atentar sobre a existência da chamada "bancada ruralista" que difunde argumentos exaltadores do agronegócio como sendo o único meio capaz de gerar receita financeira ao Brasil. Tal elite, amparada muitas vezes por meios de comunicação de massa, consegue impor suas ideias, sobretudo à população carente de senso crítico, lançando mão de recursos como comerciais de televisão, tal como o chamado "Brasil Agro" transmitido pela emissora Globo. Desse modo, representantes desses ideais chegam a ocupar cargos políticos e assim propor leis que ferem diretamente a preservação ambiental. Tais como a reformulação do código florestal, que, entre outros absurdos, propunha diminuir as áreas de preservação permanente (APPs) e a anistia a crimes ambientais cometidos antes dessa tentativa de reforma. A partir disso, já se observam consequências desastrosa da irresponsável exploração natural. Pois, dados coletados pela ONG "Iamazônia" atribuem o desmatamento e o avanço agropecuário como fatores responsáveis pela crise hídrica do Sudeste, por alteração no ciclo aquático. Assim como o assoreamento de rios, tais como o São Francisco devido a diminuição de sua mata ciliar. Sendo assim, é necessário que haja uma maior transparência na política agrária e ambiental do país. Para isso, a população deve ser ouvida diretamente por meio de referendos quando houver qualquer tipo de projeto de alteração das leis florestais. Além disso, o governo federal deve investir em pesquisas que valorizem o potencial natural de florestas, tais como a Amazônica; buscando, por exemplo, a descoberta de novas plantas e substâncias medicinais. Além de produções científicas voltadas para a área cosmética etc. Buscando, assim, diversificar as fontes de manutenção das riquezas nacionais buscando validar a sustentabilidade.