Título da redação:

A dívida a se pagar

Proposta: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 02/10/2016

Na pré-história a agricultura possibilitou um avanço exuberante da sociedade humana, já que, ao cultivar os alimentos, não era mais necessário caçar. Hodiernamente não é diferente, já que o avanço do agronegócio está possibilitando um desenvolvimento econômico no Brasil, porém, faz-se necessário o questionamento sobre o custo desse desenvolvimento. Primeiramente, o avanço da agroindústria está devastando o meio ambiente, pois, segundo o relatório do Estado das Florestas do Mundo (SOFO), o agronegócio é responsável por 70% do desmatamento da América Latina entre os anos de 2000 e 2010. Esse cenário corrobora no aquecimento global, uma vez que, ao derrubar as árvores - organismos responsáveis pela absorção do dióxido de carbono do ambiente - fará com que o gás carbônico fique retido no ar, o qual aquece a atmosfera. Além disso, conforme a ONU, 33% dos alimentos do mundo são desperdiçados, visto que no início da cadeia produtiva - agricultura - por falta de tecnologia, falhas no armazenamento e nos transportes, há estragos e perdas consideráveis de alimentos. Consequentemente, esses gastos perdidos das indústrias alavancam os preços dos alimentos, o que impossibilita muitos indivíduos de adquiri-los. Nesse contexto, seguindo o dito da política Marina Silva: “O custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo”, cabe ao Ministério das Comunicações desenvolver campanhas midiáticas para mobilizar a população no reflorestamento de áreas devastadas e para ampliar os cuidados com a natureza, a fim de frear o desmatamento. Igualmente, cabe à Câmara dos Deputados e ao IBAMA elaborar, em parceria, leis e processos fiscalizatórios mais rigorosos nos agronegócios, com o intuito de reduzir o desmatamento e incentivar o investimento dos agricultores na luta contra o desperdício. Com essas ações, a dívida pelo desenvolvimento será paga.