Segundo a biologia, a ansiedade é uma reação natural do organismo em função da autodefesa contra possíveis perigos. Apesar disso, a recorrente e excessiva incidência desse sentimento pode causar sérios danos psicológicos às pessoas. Dito isso, vê-se a importância da discussão do tema diante do crescente número de casos de ansiedade no Brasil, em que as grandes pressões sociais, em conjunto com o desconhecimento dos perigos do mal uso da tecnologia, colaboram para essa ocorrência. Desde a Revolução Industrial no século XIX, o homem passou a preocupar-se ainda mais com a produção e o lucro de posteriori, projetando, dessa maneira, ânsias e desesperos em razão do medo do não alcance de seus objetivos. Outrossim, como enunciado pelo sociólogo Durkheim, a sociedade é um organismo coercivo e de moral própria, Assim sendo, o consumismo exacerbado, comum à sociedade capitalista brasileira, pressiona o indivíduo a constantemente buscar riqueza, estimulando grandes reocupações e expectativas extremas. É valido ressaltar ainda que embora o século XXI seja marcado por evoluções científicas e tecnológicas, de acordo com Augusto Cury, a má utilização dos aparatos modernos como celulares e computadores, pode levar à problemas psicossomáticos tais como a síndrome do pensamento acelerado. É inadmissível que tais transtornos continuem a proliferar-se no Brasil. Portanto, medidas são imprescindíveis. O Governo Federal, com o Ministério da Saúde e Ministério da Educação, em parceria com institutos de pesquisa da mente e psicologia, deverá desenvolver e implementar debates e estudos sobre a temática dentro da grade curricular escolar, afim de que crianças e jovens aprendam desde cedo os perigos e como lidar com a problemática. Ainda, deverá divulgar e promover campanhas midiáticas de conscientização acerca da importância da busca por ajuda ao vivenciar a constância da ansiedade. Assim, contribuir-se-á para impedir o crescimento do infortúnio que assola a psique da sociedade brasileira.