Desde a Idade Antiga, a sociedade é desafiada pelo problema que envolve a ansiedade. Nos dias atuais, apesar dos avanços implementados pelo Governo, tais como o Serviço de Assistência Psicológica (SAP), o desafio, devido à negligência e compactuação da sociedade e à falta de atitude do Governo, urge por soluções imediatas. Em uma primeira análise, sob a ótica sociológica, a persistência da problemática no Brasil é intrinsecamente fomentada pela negligência e pela compactuação da sociedade que se omite diante de uma situação grave que precisa de solução imediata. Nesse sentido, em um estudo publicado pela Folha de São Paulo, foi divulgado que o aumento dos casos de ansiedade constrói-se historicamente na formação social do Brasil como traço revelador do passado cultural nacional. Desse modo, a sociedade torna-se a principal vítima de suas próprias contradições, omissões e condutas. Ademais, em um segundo plano, a falta de atitude do Governo possui estreita relação com o aumento dos casos de ansiedade. Isso porque a falta de investimentos em projetos de orientação e tratamento gera uma sensação de abandono, culminando, assim, na elevação dos casos de indivíduos apreensivos . Esse processo decorre da necessidade que o povo sente de ser protegido por seus governantes. Nesse contexto, o filósofo Platão afirma que a punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é viver sob o governo dos maus. Dessa maneira, a imprescindibilidade de superação da ansiedade configura-se como um importante desafio da pós-modernidade. A negligência da sociedade, em paralelo à falta de atitude do Governo, portanto, são condições diretas para que o grave caso de ansiedade ocorra no Brasil. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz-se necessário que o Governo, por meio dos órgãos de saúde, implemente núcleos de debates e divulgação sobre os riscos que a ansiedade, se não for tratada, pode causar. Nesse aspecto, deve-se criar ambulatórios, permitindo, desse modo, uma ação eficaz no tratamento da problemática. Além disso, a mídia, consciente de seu papel social, deve buscar a maior informatividade e construção de postura crítica da população, ao divulgar projetos que incentivem o respeito ao direito de usufruir uma vida plena e feliz. Agindo assim, a construção de uma sociedade em que a paz seja um valor substancial será uma realidade empírica, não um ideal ou uma utopia.