Contemporaneamente, em detrimento do aceleramento do ambiente social, decorrente do desejo insaciável de possuir e produzir, têm-se notado um aumento do número de casos de pessoas com transtorno de ansiedade, no Brasil. Nesse contexto, deve-se analisar como os efeitos da globalização e da pós-modernidade estão ligados à manifestação dos casos de ansiedade. Em primeira análise, é válido ressaltar como a alta densidade de informações interage com a ansiedade psicológica. Conforme defende o médico psiquiatra, Augusto Cury em um de seus livros, uma grande massa de informações pode desenvolver o que ele chama de Síndrome do Pensamento Acelerado que vicia o córtex cerebral e, assim, prejudica a capacidade criativa do indivíduo. Sendo assim, uma educação de deveria potencializar a capacidade criacional, acaba prejudicando-a. Outrossim, como defende Zygmunt Bauman em várias de suas obras, as relações sociais foram “liquefeitas” durante a pós-modernidade. Isso porque, o sujeito pós-moderno não tolera mais o duradouro e prefere o passageiro, fato que está intrinsecamente ligado a grande diversidade cultural contemporânea. Em consequência disso, nota-se uma forte individualização no âmbito das relações pessoais, com aversão ao que é diferente. Com isso, uma sociedade que deveria ser “aberta” e solidária, acaba sendo uma sociedade “fechada” e individual. Necessita-se, portanto, que medidas sejam implantadas para solucionar o impasse. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com as escolas, reformem o sistema educacional brasileiro para que o pensamento crítico dos alunos seja estimulado e, assim, acabe com a repetitividade alienada da educação clássica. Ademais, o Governo Federal, em parceria com o MEC, deveriam elaborar palestras conscientizadoras que reforcem a necessidade do sentimento de solidariedade, para que, dessa forma, liberte o indivíduo desse “encarceramento” individual.