A ansiedade patológica caracteriza-se por um conjunto de sintomas físicos e emocionais, dentre eles a falta de concentração, a irritabilidade e a insônia, que afetam o cotidiano. Esse transtorno é sério e acomete um em cada dez brasileiros, que têm seu desempenho social, familiar e até profissional prejudicado. Desse modo, percebe-se que esse distúrbio, mais significativo no século XXI, é enfatizado pela modernidade e seus avanços tecnológicos. É sabido que, no mundo contemporâneo, os efeitos da globalização influenciam diretamente o modo de vida dos indivíduos. Com a criação da Internet, foi instituído uma rotina definida por mudanças constantes e rápidas que impedem uma vida estável. Visto que não há tal estabilidade, o indivíduo torna-se vulnerável a adquirir transtornos como o da ansiedade. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, essa tendência de inconstâncias causa uma frustração fundamentada na insegurança, uma vez que o futuro é imprevisível e incerto. Desse modo, tal angústia seria responsável pelo fato de que o Brasil lidera, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ranking de distúrbio de ansiedade. Assim, observa-se que o país sofre desse problema que é intensificado por uma relação profunda com a tecnologia e, principalmente, com as redes sociais, pelo fato de que elas detêm o maior tempo de ocupação do indivíduo. Nesse contexto, infere-se a necessidade da ajuda dos órgãos de saúde para que seja possível tratar os 9,3% dos brasileiros que enfrentam cotidianamente o mal do século XXI. Por isso, cabe ao Governo Federal, junto com o Ministério da Saúde, promover, por meio de campanhas publicitárias na Internet, rádios e televisão, o conhecimento dos sintomas da ansiedade e, assim, incentivar a consulta com os devidos médicos, a fim de que o tratamento adequado seja oferecido.