Silenciosa e destruidora. Esses são os adjetivos utilizados por especialistas nessa doença considerada como o “mal do século”, a ansiedade patológica. É normal que o ser humano tenha esse sentimento em alguma situação na qual tenha que tomar decisões importantes, às vésperas de um jogo do time do coração ou no primeiro encontro, mas torna-se bastante preocupante e perigoso quando leva o indivíduo a fobias exacerbadas tirando-o, inclusive, do convívio social e aniquilando sua produtividade no ambiente de trabalho. Estudo recente feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou um crescimento acentuado de casos de ansiedade patológica em todo o mundo, inclusive no Brasil. O documento não cita claramente quais são as causas, mas, infere-se, por meio de análises de estudiosos do assunto, que a origem está na vida agitada que a sociedade contemporânea está inserida, o aumento da violência, o medo de não conseguir prover o sustento da família e a profunda inserção no mundo virtual em que dá-se a impressão que a vida do próximo sempre é melhor e mais divertida. Não restam dúvidas que os casos coletados referentes ao Brasil estão relacionados ao aumento da violência no ambiente urbano, a falta de emprego e incertezas políticas. Atualmente, raras são as cidades brasileiras em que pode-se sair num final de semana para passear com a família em um parque, ir ao shopping ou adquirir um carro do ano sem ter o receio de ser assaltado. Aliás, o Brasil é registrado como um dos países mais violentos do mundo. Por este motivo, o governo deve mostrar interesse em cuidar da saúde mental das pessoas dando-lhes o suporte necessário nas unidades de saúde a fim de que se sintam amparadas e vislumbrem uma solução clínica para seus males de forma eficaz. Diante desses fatos, o Governo Federal deve, portanto, através do Ministério da Saúde, fazer um mapeamento detalhado desse tipo de ansiedade em todo o território brasileiro - por estado - e aplicar políticas públicas que envolvam o bem-estar social, como atividades aeróbicas ao ar livre para pessoas de mais idade e o estímulo desportivo em jovens e crianças. Atividades essas que são cientificamente benéficas para a saúde mental. Somado a tudo isso, deve-se investir massivamente em segurança pública para que transtornos como os explicitados sejam mitigados a médio e longo prazo.