É oficial, o Brasil é o país mais ansioso do mundo, é o que concluiu o recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde consta que cerca de 93% dos brasileiros apresentam os sintomas do transtorno, número três vezes maior do que a média mundial. Diversos fatores colaboram para o surgimento da patologia na sociedade brasileira sejam socioeconômicos como o desemprego, a violência urbana, a desigualdade social ou ambientes como o estilo de vida nas grandes cidades. Apesar da gravidade desse problema de saúde pública o governo federal ainda trata de forma negligente a questão. O fenômeno do crescimento da ansiedade não atinge apenas o Brasil, ele pode ser visto no mundo, estima-se que 322 milhões de pessoas apresentam sintomas da doença. Sintomas como taquicardia, suor sem esforço físico e dificuldades para dormir são frequentes naqueles que são acometidos por ansiedade. Esses sintomas em casos mais graves podem evoluir para diversas fobias como síndrome do pânico. Os problemas ligados diretamente a ansiedade, no entanto não são responsáveis por todo o infortúnio que os enfermos do transtorno sofrem, junto a eles está o preconceito latente na forma que a sociedade enxerga a doença, que muitas vezes, faz com que pessoas que sofrem do distúrbio não procurem tratamento. A silenciosa epidemia da ansiedade cresce a um ritmo acelerado, se instala no inconsciente de forma quase imperceptível. Dessa forma a doença se instala se quem aquele que está sendo debilitado por ela sequer a perceba. Embora a ansiedade seja muito atribuída a fatores externos como traumas e estresses da vida cotidiana, existem evidências de que fatores genéticos também contribuem para essa desordem. Além dos sintomas psicológicos que acompanham a doença, no Brasil ela é agravada pela falta de médicos especialistas no sistema público de saúde e a falta de informação da população acerca do problema. Tendo em vista os problemas apresentados é preciso de intervenção urgente do governo a fim de remediar a situação. Levando em conta a desinformação circulante na sociedade e todo preconceito que existe ao redor do tema, são necessárias campanhas publicitárias que alertem para a gravidade da doença e a importância do seu tratamento para saúde mental daqueles que por ela são acometidos. Outra medida que é de suma importância é a contratação de médicos especialistas no tratamento da doença na rede pública de saúde em quantidade suficiente para atender a demanda da população. Dessa forma será possível mudar o quadro em que se encontra o Brasil tornando a sociedade mais saudável mentalmente.