Título da redação:

A adolescência caminha com a ansiedade

Tema de redação: O aumento dos casos de ansiedade no Brasil

Redação enviada em 25/01/2018

O almejado sonho por grande parte dos vestibulandos é a conquista da vaga na universidade. Sua dedicação e compromisso diário se entrelaçam por várias questões que potencializam seu sentimento de incapacidade, no qual, a ansiedade tem papel fundamental durante esse período.No filme “que horas ela volta”, a pernambucana Jéssica, filha de Val, vai para São Paulo com o intuito de prestar vestibular na cidade e ajudar sua mãe que trabalha como doméstica na casa de uma família classe média. Considerado o pai da “Psicanálise” Sigmund Freud vai analisar o tema em três abordagens, classificando-a em: “Realística, Neurótica e Moral”. Sendo elas: A realística seria o medo de alguma coisa do mundo externo (por exemplo: punição dos pais). A ansiedade moral seria aquela que decorre do medo de ser punido (sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer). E a ansiedade neurótica que é o medo inconsciente, não se sabe qual é o objeto. No Brasil, todas as especificações são cada vez mais visivéis a atual realidade ao nos depararmos com simples fobias cotidianas como o medo de humilhações no contexto social, em locais públicos e até mesmo familiar.Ademais, na população jovem essa relação de expectativa e correspondência as ações, muitas vezes encaminha-se para possivéis casos de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). O longa-metragem ao revelar que a nordestina Jéssica que vem de uma condicão socioeconômica inferior a de Fabinho (filhos dos patrões), consegue mesmo assim passar as barreiras do vestibular e entrar na universidade pública, no entanto, o garoto que mesmo cercado de acesso a educação de qualidade, não consegue corresponder as expectativas dos pais. O fato, ilustra a forma como ainda temos um olhar generalizante sobre o assunto, em que associamos a meritocracia como resultado de muito empenho, desconsiderando questões anteriores a isso, como o estado psíquico e mental desse estudante, o nervossismo, a pressão social, familiar e principalmente individual que passa pela cabeça do jovem no momento da prova. Contudo, por mais que se trate de uma ficção, a cena trabalhada diz respeito a realidade de boa parcela dos jovens brasileiros, o que demandaria intervenção do Estado para uma melhora do problema, pois, a questão financeira é também um dos potencializadores desse aumento de casos atuais. O uso de medicação com o devido auxílio médico e orientação psicológica também podem ser mais um aliado na contenção do transtorno. O diálogo, além de ser de extrema importância, é também umas da maneiras de se começar a falar sobre o que incomda essa pessoa, e, a partir disso pensar em formas mais benéficas para a realidade do sujeito e que surtam efeitos positivos sobre a sua vida.