Segundo Jean-Paul Sartre, filósofo francês, “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Em paralelo a esse pensamento, o aumento de homicídios entre os jovens brasileiros tem significado uma derrota à educação oferecida pelo Brasil. Primeiramente, vale salientar que o homicídio é um ato voluntário ou involuntário de ceifar a vida de um ser humano. Além do mais, o homicídio é incentivado pela violência, principalmente, no universo juvenil, porque a grande parte dos jovens não possui acesso à educação de boa qualidade, pois o Estado é deficiente e não valoriza o ensino público. Em decorrência disso, a maioria das pessoas que se encontram na juventude não consegue obter boa formação educacional para ingressar no ensino superior ou ter boa colocação no mercado de trabalho, o que implica na inserção de parte dessas pessoas no mundo do crime e da violência, diante do cenário socioeconômico enfrentado por elas. Em virtude de entrar para o universo obscuro da violência e do crime, uma parcela numérica dos jovens tende a exercer posse sobre determinada área, intensificando o homicídio entre eles. Igualmente, no cenário brasileiro atual, a hostilidade dos jovens de classes menos abastadas é tão elevada que já se tornou banalizada e a sociedade perdeu a sensibilidade com isso, haja vista que o Estado não consegue conter e tampouco investir em caminhos com o intuito de amenizar o meio hostil em que aqueles primeiros se encontram. Por conseguinte, a perda de compaixão motiva o crescimento de 17,2% da taxa de homicídios entre os jovens de 15 a 29 anos, desde 2005 a 2015, conforme os dados divulgados pelo IPEA. Desse modo, faz-se necessário que os holofotes do Governo Federal sejam voltados ao meio homicida, no qual os jovens estão entrando, por conta da educação ineficiente e insuficiente disponibilizada pela Nação, culminando a violência em derrota na vida desses. Dessa maneira, o Ministério da Educação deve, portanto, oferecer mais qualificação aos professores, melhorar a infraestrutura escolar e reformular os materiais didáticos. Tais ações devem ocorrer por meio do investimento de erários vultosos do referido ministério em obras de reforma e construção de novas instituições, compra de materiais eletrônicos para tornar o aluno em um estudante mais eficaz no aprendizado e cursos profissionalizantes que capacitem os docentes, a fim de iluminar o universo obscuro, atenuar a taxa de homicídios entre os jovens brasileiros e não mais banalizar a violência, com a finalidade de que essa não derrote a educação.