Segundo a ONU, a América Latina é a região com a maior quantidade de assassinato do mundo e o Brasil está, cada vez mais, aumentando o índice de homicídios entre os jovens – em 2015, o aumento foi de 7,4 % em todo o país de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Logo, os principais motivadores para isso estão na desigualdade social e na exclusão de fatores essenciais para a formação do indivíduo: educação e saúde. É notória a importância da inserção do ser humano na sociedade em que vive, como ter acesso à saúde, educação, lazer, mundo digital e ter as mesmas roupas e itens eletrônicos. Dessa forma, é no meio do tráfico, do roubo e da prostituição que a maioria dos jovens buscam um método de tentar ser aceitos na sociedade. O documentário de 2009, “Notícias de uma Guerra Particular”, torna evidente essa problemática da população que é maioria pobre e negra, a qual busca no crime uma forma de sobreviver, tendo, assim, uma precária qualidade de vida e também a maior chance de morrer. Nesse contexto, é importante salientar que a educação é um fator imprescindível para a formação do cidadão, além disso é uma ferramenta crucial para gerar oportunidades iguais no mercado de trabalho. Na música de Chico Buarque, “ Meu Guri”, uma mulher espera todos os dias seu filho voltar da rua que sempre chega com objetos roubados e afirma para a mãe que um dia vai conseguir chegar ”lá”. Esse “lá” é ser inserido na sociedade, ter oportunidades de trabalho e ter uma melhor condição de vida. Porém, o menino morre por buscar no mundo do crime uma alternativa de vida, pois não tem acesso a uma boa educação e ao mercado de trabalho. Destarte, esse é um exemplo do aumento de homicídios dos jovens no país que tornam vítimas da violência presente na cidade e da falta de condições mínimas para sua sobrevivência, como educação e trabalho. Fica evidente, portanto, que o aumento de homicídios no Brasil está diretamente relacionado com a desigualdade social e o acesso à educação. Dessa maneira, o Governo Federal deve voltar a atenção para as regiões mais pobres e criar mais escolas e cursos técnicos para capacitar os jovens a fim de prepará-los para um mercado de trabalho. Outrossim, o Ministério do Trabalho deve investir parte dos impostos em empresas privadas para desenvolver empregos como jovens aprendizes dentro das comunidades, principalmente, nas áreas de esporte, cultura e música para diminuir o número de jovens em busca do crime como forma de melhorar a vida.