Medo. Insegurança. Solidão. Esses são fatores intrínsecos à vida de muitos jovens brasileiros. Atualmente, as fases iniciais da vida são repletas de possibilidades e caminhos a seguir, mas isso não implica em facilidades. Para Jean Piaget, famoso psicólogo, a juventude é o momento de equilíbrio e construção do "eu" em conformidade com o meio social e ambiental. Logo, se a sociedade ao redor do indivíduo exigir e pressionar demais podem ocorrer consequências negativas. Também, o cenário brasileiro é repleto de desigualdades, fato que reflete na violência e homicídios. Primeiramente, a sociedade pressiona os mais novos com expectativas e cobranças irreais. Dessa forma, tal como a Física afirma, quanto maior a força aplicada em uma menor área, maior o risco da pressão ocasionar um perigoso escape. Assim, as pressões pelo emprego dos sonhos, pela beleza juvenil e faculdade perfeita podem ter resultados catastróficos. Consequentemente, os indivíduos podem optar por alternativas arriscadas como ingerir bebidas alcoólicas e dirigir, fato que ocasiona a maior taxa de homicídios nessa faixa etária, de acordo com o site "Agência Brasil". Por isso, torna-se válido pensar se a sociedade tem projetado demais suas expectativas nos mais novos e influenciando negativamente suas vidas. Em uma segunda análise, as desigualdades presentes no país também podem interferir nas altas taxas de homicídios. A saber, bairros mais pobres são os que mais registram índices altos de morte na população jovem, de acordo com o IBGE. Aliás, nesses locais geralmente não há áreas de lazer e serviços adequados, o que deixa a população sem muitas perspectivas e pode corroborar para o uso de drogas, é que afirma a coordenadora do Departamento de Homicídios, Francineide Oliveira. Com efeito, a falta de atividades pode causar um impacto na vida das pessoas, afetando a auto estima e as esperanças de uma vida melhor para os jovens. Fica claro, portanto, que as pressões da sociedade e as desigualdades sociais influenciam as taxas de mortes entre os jovens. Para sanar esses problemas, o Comitê de Proteção da Criança e do Adolescente pode articular campanhas por meios de comerciais televisivos e propagandas nas redes sociais alertando sobre os altos índices de mortes e a responsabilidade que a sociedade possui nas decisões dos jovens. Ademais, as prefeituras podem elaborar projetos para a criação de locais de lazer e atividades nos bairros mais pobres por meio da coleta de impostos para que todos tenham atividades produtivas e caminhem na direção de um futuro promissor.