É de conhecimento geral que, desde o Iluminismo, a vida é um direito de todo cidadão e deve ser preservada. Conquanto, quando se observa o exorbitante número de jovens sendo diariamente mortos, no Brasil, percebe-se que esse ideal iluminista não se caracterizou na sociedade brasileira e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falha constitucional em efetivar seus dispositivos, seja pela falta de ações governamentais. Desse modo, o Brasil falhou com os Direitos Humanos no que tangencia o direito à vida, à oportunidade e a proteção da juventude. Portanto, hão de ser analisados os empecilhos promovidos por tal postura negligente. Além disso é incontrovertível que a questão governamental e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve, por meio da justiça, encontrar o equilíbrio. Assim, é possível perceber que a coerção entre os jovens rompe com essa harmonia de justiça entre equilíbrio, visto que dados expostos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que somente em 2016, na capital do país, 409 jovens foram mortos. Logo, essa virtude revela que embora o Brasil seja considerado um dos países mais modernos em questões constitucionais, existem entraves que ampliam certas problemáticas e necessitam de mudanças urgentemente. Ademais, destaca-se a falta de obras governamentais como impulsionadora dessa problemática. De acordo com Durkheim, a escola tem por objetivo suscitar e desenvolver características necessitadas pelo Estado. Seguindo a linha de raciocínio do sociólogo, é possível perceber que a falta dos meios acadêmicos é um problema que influencia nessa questão, haja vista que o documentário disponível no YouTube feito pela Record, ''A violência no Rio de Janeiro'', revelou que em uma entrevista feita com traficantes os mesmos reconheciam que praticavam tais atos por falta de oportunidade encontradas na sociedade, como falta de emprego e escolaridade.Com isso, é visível que deverá ocorrer reformas e ajustes em setores sociais para o tecido social se desprender dessa realidade enfrentadas por muitos jovens. Evidencia-se, portanto, que a continuidade do aumento de homicídios entre jovens é ainda fruto da falta e falha governamental advindo das suas obras. Logo, cabe ao MEC atenuar essa problemática, desenvolvendo escolas e ensinos superiores, por meio de verbas vindo do Ministério da Fazenda, em locais precários, como em favelas, no intuito de desprender essa intempérie ligada aos jovens, garantindo a solidificação do primeiro direito social encontrado na Constituição: o direito à educação de qualidade. De outra parte, a ação conjunta entre as esferas estaduais e municipais de poder deve vir coexistir para minimizar os homicídios, criando e ampliando postos de policiamentos nos grandes centros urbanos para que atenue o exponencial índice de criminalidade juvenil. Com essas características engendradas, talvez o verdadeiro significado da Era da Luz virá habitar na sociedade moderna brasileira.