A celeuma sobre o aumento de homicídios entre os jovens no Brasil vem hodiernamente tomando espaço na sociedade. Consoante observava o ensaísta francês Joseph Joubert que afirmava, “o objetivo da discussão não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias”. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca dessa crescente violência entre tal faixa etária é substancial para que haja medidas de contenção peremptórias. O século XX foi marcado, dentre tantos acontecimentos, pela ascensão feminina no mercado de trabalho. Em momentos donde o patriarca era mandado à campos de batalha, a matriarca ganhava seu devido respeito e confiança para realizar atividades remuneradas. Contudo, em uma família em que ambos os responsáveis realizam atividades fora do lar, as crianças encontram a liberdade longe dos olhares responsáveis dos pais, tendo fora de laço familiar o seu exemplo moral. No brasil hodierno muito, nesse quesito, se assemelha ao período de guerras no século anterior, com tutores trabalhando exaustivamente para melhor atender seus filhos em contra partida que os deixam sem supervisão, sem ao menos possuírem o amparo do Estado Brasileiro que não oferece alternativas, visto que creches e escolas integrais são raras em zonas marginalizadas. Com isso, uma liberdade alcançada prematuramente e sem noções bem definidas de certo ou errado ou ao menos tutelados pelo governo local, o individuo acaba por se tornar marionete do meio em que vive, virando presas fácies para indivíduos mau intencionados. Somando-se esses fatores ao descaso do poder públicos, as consequências são índices de violência na sociedade diretamente proporcionais ao microuniverso da criança e do adolescente, como mostra o sumo das pesquisas realizadas pelo Instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE) que aponta um aumento drástico na violência e homicídios por cada cem mil habitantes indo os homicídios entre jovens na mesma linha de progressão geométrica. Assim, segundo o filósofo Rousseau, “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Portanto, para solucionar a problemática dos crescentes homicídios entre adolescentes no Brasil, deve haver, por meio de incentivo do Ministério da Educação e Cultura (MEC) o massivo investimento na criação e aperfeiçoamento de creches e escolas integrais, com o objetivo de reter o jovem brasileiro em um ambiente que o estimule ao conhecimento e ao senso critico, mostrando-lhe que onde existe conhecimento e respeito, não há ignorância e violência.