Em algum lugar no Brasil, há uma família que chora a perda de uma pessoa - um filho ou um irmão - que agora se tornou mais um número na estatística de morte de jovens por homicídio no país, que tem crescido a cada ano. Os casos solucionados são raros, mas muitos são os fatores que levam o indivíduo ao caminho que promete ser sem volta: tráfico de drogas e conflitos armados contra a polícia são os mais recorrentes. A segurança pública brasileira é deficiente, fato que propiciou, desde muitos anos, a criação e disseminação de organizações criminosas pelo país. Essas organizações trabalham principalmente com o tráfico de drogas, um dos principais motivadores do assassinato, pois ocorrem devido a dívidas, acerto de contas, além de provocados por questões passionais. Conflitos com a polícia são constantes, visto que ela não tem poderio para se impor contra os criminosos que são, em sua maioria, jovens e residentes de regiões periféricas. Isso se torna o principal fator do grande número de homicídios, e deve ser combatido seriamente pelo governo por meio de ações sociais que visem maior armamento para a polícia e conscientização social. Nem todos os jovens assassinados estavam inseridos no mundo do crime, mas são vítimas diretas dele, criando uma sensação de desconsolo da população em relação à violência que aterroriza dia e noite. A situação causa descrédito em relação às instituições públicas, especialmente na questão de resolução de crimes, já que apenas 5% dos casos são solucionados, de acordo com VOITCH, 2013, além de propriciar que os homicídios continuem acontecendo. Levando em conta os principais fatores, entende-se que um combate efetivo à criminalidade e ao tráfico de drogas pelo governo, principais caminhos que resultam no homicídio, por meio do fortalecimento da polícia e de estratégias sociais que visam integração do indivíduo na sociedade, além da punição devida aos criminosos, serão cruciais para a diminuição do homicídio entre os jovens.