Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 56,5% dos óbitos de 62.517 assassinatos em 2016, foram referentes a jovens na faixa etária de 15 a 19 anos. A reação que a sociedade Brasileira tem ao ter acesso a essa estatística é sempre o mesmo, um grande impacto de susto, com um sentimento de dor e uma pergunta: “O que tem acontecido com essa geração? A juventude dessa década tem sido bombardeada, nunca se viu tantas pessoas conectadas ao mesmo tempo pela internet, mas também nunca se viu um alto número de depressão, sentimento de solidão e suicídio no país. Essa explosão de sentimentos causa a conhecida violência interpessoal, que tem sido a principal causa dos assassinatos no Brasil. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a violência interpessoal representa 43% das mortes, ela está associada a agressões, brigas, bullying, violência entre parceiros e abuso emocional. Violência essa, que também é influenciada pela intensificação do tráfico de drogas e o porte ilegal de armas. O que está incoberto aos olhos, é a mentalidade de achar que a adversidade se refere a consequências só no presente, quando, a mesma afeta o futuro da sociedade brasileira. O período da adolescência é um momento muito importante da vida do ser humano, porque definirá hábitos que terão impactos na qualidade de vida pelos próximos anos, se o adolescente e jovem tiver um bom ensino de educação, muito provavelmente ele será um bom cidadão ao longo de sua vida. A política do Brasil precisa se despertar pra essa realidade, de que o adolescente precisa viver como adolescente, com uma vida saudável, com educação e orientação. Fica claro, portanto, que as atenções voltem a esse cenário que é vivenciado no Brasil, jovens que precisam viver como jovens, e não assumir responsabilidades fora do tempo, sendo instruídos a serem bons cidadãos. É necessário que a mídia, sociedade, polícia, escola e todos os estados do país se unam para uma grande investida, localizando as áreas de maior vulnerabilidade e aplicando nelas programas sociais do Governo, aumentando a fiscalização contra drogas e armas, implementando nas escolas profissionais que se organizem a discutir em palestras de 30 minutos toda semana, temas se referindo a “Como ser um bom cidadão” de forma descontraída para envolvimento dos alunos, acompanhamento também aos pais para que os bons ensinos na escola perpetue em casa, e uma base psicóloga para ajudar famílias que tem problemas com jovens. É necessário também que, todos os anos tenha estatísticas comprovando a eficácia desse trabalho coletivo, para que a sociedade brasileira seja impactada, mas agora, pela resolução do problema.