Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o aumento no número de mortes entre adolescentes e adultos no Brasil, hodierno, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do pais, seja pelos seus fomentadores, seja pela banalização da violência. É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a dependência química, a pobreza, a disfunção familiar e o abandono dos estudos, integram à problemática que rompe essa harmonia, haja vista que os crimes relacionados ao aumento das mortes no país advém mais vezes das pessoas que vivem em conflito com o Estado, seja em sua representação familiar ou governamental. Outrossim, destaca-se a banalização da violência como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o modo como é vista a criminalidade pelo brasileiro que, comumente, assiste dezenas de crimes nos jornais enquanto almoça, permite ser usurpado por "flanelinhas" que alegam vigiar seu veículo e, por diversas vezes, acabam dando um "trocado" aos pedintes por temer represálias, ratifica sua passividade e crença na naturalidade desses crimes e seus fomentadores. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, em parceria com os meios midiáticos, o MEC deve intervir na vida dos jovens que abandonaram os estudos por meio de propagandas que motivem o retorno às escolas, promovendo, novamente, a inclusão desses à vida estudantil. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, com intuito de incrementar a intervenção do MEC, as ONGs, junto ao Ministério do Esporte, devem possibilitar, por via dos espaços recreativos e quadras poliesportivas que o município oferece , eventos esportivos com palestras que motivem o retorno escolar, propiciando o êxodo de uma vida a margem da lei ao buscar o equilíprio idealizado por Aristóteles que provêm do governo correto que insista na educação.