Ao longo da história humana milhões de homicídios ocorreram por diferentes motivos, seja por questão de honra, para proteção, por motivos religiosos, políticos ou financeiros. Desta forma é importante analisar as causas pelas quais muitos jovens morrem no Brasil. Apenas por meio da investigação e do estudo da origem do problema pode- se chegar a uma solução. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a violência interpessoal é a causa da maioria das mortes de jovens e adolescentes na faixa de 10 a 19 anos no Brasil. Vale ressaltar que a violência interpessoal engloba desde questões concernentes a agressões no meio da família até a ataques a nível comunitário como, por exemplo, gangues. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os homicídios no Brasil possuem um estereótipo: Homens jovens negros e com baixa escolaridade são o perfil típico da maioria das vítimas fatais. Assim, é evidente que a desigualdade racial é um fator decisivo. Negros são as principais vítimas da ação letal da polícia como também são o perfil predominante no sistema prisional. Resultados do Atlas da Violência de 2018 evidenciam o assunto: Comparando um jovem branco e um jovem negro, o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio é 2,7 vezes maior que a de um jovem branco. Outra questão é acerca da condição social, muitos jovens negros são frutos de um contexto histórico escravista que mesmo após a abolição da escravidão não foram incorporados na sociedade, culminando em poucas oportunidades para essa parcela da população. Consequentemente muitos vivem em situação de pobreza inseridos em ambientes onde o crime permeia. O pesquisador do IPEA, Daniel Cerqueira, ratifica tal problemática:” Há, no Brasil, uma licença para matar desde que isso aconteça fora das áreas nobres da cidade”. Diante dos fatos é notório que há uma parcela da sociedade suscetível a atos de violência que precisam de proteção e cuidado. Assim, se torna necessário a adoção de políticas públicas voltadas a prevenção, como o Plano Juventude Viva que conta com a participação de 11 ministérios que realizam ações que visam ampliar os direitos dos jovens e desconstruir a cultura da violência. Contudo, para o plano ser contínuo é necessário que se torne uma política de Estado. Outra questão seria a obrigatoriedade de adesão a todos os Estado, atualmente só as regiões com elevados índices de homicídios são obrigadas a participar, para os demais a adoção é facultativa. Por fim, cursos preparatórios para os servidores públicos com palestras, depoimentos, estudos seriam uma excelente forma de romper com o racismo institucionalizado