Os jovens, na atual realidade brasileira, são vistos como sinônimo de problema. Isso se deve ao fato de estarem em uma fase de transição à vida adulta, momento em que começam a adquirir maturidade e os hormônios estão a flor da pele. Ademais, por conta de muitos não entenderem esse período, cheio de aventuras, em que os jovens vivem, acabam culpando essa faixa etária pelo aumento do número de homicídios entre os jovens. De acordo com o Atlas da Violência de 2018, do ano de 2006 a 2016 ocorreu um aumento de 23%, em relação ao número de homicídio de jovens de 15 a 29 anos, no Brasil. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa brasileira de homicídios de jovens (cerca de 65,5 assassinados por 100 mil habitantes) é mais de seis vezes a taxa global (aproximadamente 10,4 jovens mortos por 100 mil habitantes). Em vista disso, a sociedade precisa estar atenta aos fatores que levam a esses números alarmantes, pois, como o economista e pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada), Daniel Cerqueira, ressaltou, os jovens são o futuro do país, sendo eles os responsáveis por levar o Brasil ao desenvolvimento. Torna-se evidente, portanto, que o Governo Federal deve elaborar leis concretas, para serem aprovadas no Congresso Nacional, que garantam proteção especificamente aos jovens de 15 a 29 anos, por meio de investimento na segurança e policiamento das áreas com o maior índice de homicídios dessa faixa etária. Para isso, as cidades, com o apoio dos governos estaduais, devem investir em locais de lazer que garantam diversão e segurança aos jovens por meio de monitoramento, com câmeras e policiais. Apenas assim será possível garantir que eles vivam a juventude sem correrem o risco de perder a vida.