Título da redação:

Vulnerabilidade infantil

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 22/10/2018

O direito à saúde de qualidade e digna é um princípio inviolável garantido na Constituição do Brasil. No entanto, o que deveria ser um preceito a ser seguido por toda sociedade brasileira não se verifica, muitas vezes, durante e o pós-gestação e, por conseguinte, suscitando na problemática da mortalidade infantil. Dentre os principais motivos para o recrudescimento da chaga social, destacam-se inobservância estatal e a intermitência de campanhas nacionais. A priori, é notório que a falta de amparo do Estado intensifica o problema. Isso decorre, lamentavelmente, devido, muitas vezes, à negligência dos agentes públicos em oferecer ,minimamente, uma estrutura médico-hospitalar humanizada e adequada durante e o pós-parto, sobretudo nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, como, por exemplo, a disposição de médicos especializados para o atendimento materno. Associado a isso, a ínfima rede de saneamento básico no país exacerba a epidemia social, como aponta dados do Ministério da Saúde, em que houve um aumento de mortes de recém-nascidos de 4,8% em 2016 em relação ao ano anterior. Tal situação rompe com o conceito rousseauniano de " Contrato Social", em que o Governo, por meio do poder, manteria as regras e vantagens igualmente para todos. Logo, é imperiosa a elaboração de mecanismos para remediar falhas instituições. Outrossim, nota-se, ainda, que a inconstância de campanhas reforça a epidemia social. Isso acontece, infelizmente, porque muitas vezes há ,no país, apenas esforços esporádicos de prevenção e combate as doenças que acometem, nos primeiros anos, os pequenos, como vacinas para o combate a rubéola e hepatite B. Atrelado a isso, o desprovimento alimentar e nutricional nos primeiros anos pode favorecer o problema. Tal situação evidencia a concepção hobbesiana de determinismo, em que fenômenos- materiais ou físicos- estão interligados por relações profundas de causa e feito. Dessa forma, é impreterível a criação de instrumentos permanentes de alerta sobre a relevância da vacinação infantil. Infere-se, portanto, que a adoção de medidas para mitigar a problemática no país torna-se imprescindível. Faz-se necessário que as Secretarias Estaduais de Saúde, crie um projeto, focalizado nas regiões carentes, que prime essencialmente na disponibilização de equipes, constituídas por psicólogos, médicos especialistas e assistentes sociais, com o escopo de sanar lacunas constitucionais. Ademais, o Ministério da Saúde, em consonância com mídia televisiva, deve conceber uma campanha assídua, que paute fundamentalmente na elucidação da importância do cumprimento da aplicação das vacinas. Somente assim, o direito à saúde, preconizado pela Carta Magna do país, tornar-se-á uma realidade cabal.