Policarpo Quaresma, o patriota de Lima Barreto, em seu ‘’Triste Fim’’ enxergava o Brasil como o melhor lugar para se viver. Conquanto, ao observar o aumento da mortalidade infantil no país, talvez ele repensasse cuidadosamente sua visão. Dessa forma, combater esse problema é um desafio e, para isso, convém analisar os aspectos socioeconômicos e atuação governamental que favorecem esse quadro. Em primeiro lugar, destaca-se que a inflação alta e o desemprego contribuíram para que muitas famílias decaíssem de classe social. Prova disso é um avanço de 11% na pobreza extrema do país em 2017, conforme dados do IBGE. Sendo assim, as mulheres passaram a ter menos recursos durante a gravidez e pós-parto, suscetíveis a uma alimentação restrita e a falta de condições básicas para uma gestação saudável. Outra preocupação vigente é a negligência governamental frente a esta questão. Dado que, falta saneamento básico principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que juntamente com a queda das campanhas de vacinação, propiciam o aparecimento de diversas doenças. Como consequência disso, em 2016, após anos de queda, ocorreu um aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil, cerca de 5% maior que em 2015, segundo os dados do site G1. Globo, isso em razão dos direitos básicos das gestantes e das crianças, garantidos pela Constituição, lhe serem negados. Diante do exposto, infere-se que o aumento da mortalidade infantil configura-se como um obstáculo para o desenvolvimento do país. Desse modo,  concerne ao Estado adotar uma política constante investimentos que visem a saúde das grávidas e dos seus bebês, como a construção de estruturas eficientes de saneamento básico nas regiões deficitárias, retomar as campanhas de vacinação por meio de propagandas televisivas, e uma maior atuação do Ministério da Economia com a contratação de especialistas para elaborarem estratégias que visem diminuir a inflação e o desemprego no país, para que com essas medidas seja possível diminuir o óbito infantil.