Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 01/03/2019

No século XIV, milhares de recém-nascidos tiveram suas vidas findadas, ainda nos primeiros dias, em virtude da Peste Negra e da falta de profilaxia na Europa medieval. Hoje, mesmo com o avanço da medicina e do saneamento básico, a taxa de mortalidade infantil encontra-se em alarmante ascensão. Isso é evidenciado, pelos dados de 2016 do Ministério da Saúde, com o avanço de 4,8% no número de óbitos entre crianças, no Brasil. Nessa conjectura, no intuito atenuar a situação, faz-se necessária a compreensão da influência dos surtos de arboviroses e, ainda, da ocorrência de zonas críticas, nas quais o número de mortes é acentuado. Primeiramente, é importante ser entendido que esse crescimento é um fenômeno anômalo, visto que os dados apontavam que essa problemática social estava em queda, graças aos avanços na saúde, desde de 1990, quando se tinha um cenário de 47 mortes a cada mil nascidos vivos. Diante disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria associou esse comportamento, entre outros cofatores, à letalidade do Zika vírus e suas sequelas, como a microcefalia. Sobre esse vírus, o principal meio de contágio se dá através da picada do mosquito “Aedes aegypti” e pelas relações sexuais. Ainda, o surto da doença causou uma queda de 5,3% na taxa de natalidade, visto que a gestação está sendo evitada pelo temor do desenvolvimento da microcefalia nos fetos. Ademais, nas regiões pobres, o número de casos é ainda mais expressivo. Isso porque há uma falta de auxílio pré-natal às gestantes, assistência hospitalar aos recém-nascidos e desnutrição. Posto isso, a região Nordeste, historicamente, apresenta a maior média de óbitos infantis, 33,2 em 2010, sendo o estado de Alagoas recordista, com uma média de 47 mortos a cada mil nascidos vivos, segundo dados do IBGE. Dessa forma, políticas públicas mais igualitárias entre os complexos regionais brasileiros fazem-se necessárias, com vistas a proporcionar infraestrutura adequada para a população. Diante do supracitado, fica evidente que as circunstâncias ambientais e socioeconômicas que causaram o avanço na mortandade infantil devem ser coibidas. A fim de combater a epidemia, precisar-se-á de um amplo investimento, por parte do governo, em pesquisas biogenéticas que visem a criação de mosquitos machos, geneticamente modificados, do “Aedes aegypti” que exerçam competição biológica com as espécies atuais, vetores da doença, e, ao copularem com as fêmeas, criem uma prole infértil, dirimindo a proliferação do vetor. Outrossim, cabe ao Ministério da saúde proporcionar um redirecionamento de verba para zonas de risco, a fim de melhorar as condições hospitalares para o pós-parto, com melhores equipamentos e preparo profissional, e promover concursos para o preenchimento de vagas médicas nas Unidades Básicas de Saúde, com o intuito de propiciar um acompanhamento aprofundado à gestante no pré-natal. Por fim, cabe ao Poder Executivo dos respectivos estados conceder subsídios nos alimentos, a fim de promover um aumento no acesso a uma alimentação de qualidade e, então, combater a desnutrição.