De acordo com a teoria do sociólogo Nietzsche, o Super Homem é caracterizado pelo indivíduo que vive de forma plena em sociedade livre de qualquer preconceito e das desigualdades sociais. No entanto, essa não é a realidade da sociedade brasileira que tem apresentado um alto crescimento na taxa de mortalidade infantil, visto que, muitas vezes seus direitos básicos como acesso aos hospitais e uma boa alimentação têm, por décadas, sido negligenciados. Nesse sentido, pode-se inferir que é necessário analisar as causas dessa problemática, de modo a mitigá-las. Mormente, é de suma importância salientar que um dos principais fatores que tem colaborado para a crescente mortalidade infantil é a falta de assistência hospitalar. Nas últimas semanas, foram ao ar, no RJ TV, diversas reportagens mostrando a precariedade presente nos hospitais públicos, na qual muitas famílias vão em busca de tratamentos e não eram recebidas devido à superlotação. Desse modo, é notório que muitas gestantes se dirigem aos lugares de atendimento não são recebidas, não podendo realizar, assim, os exames necessários. Dessa maneira, tem-se que sem a assistência necessária, muitas complicações presentes nas gestações, que poderiam ser evitadas, não são diagnosticadas, contribuindo para o crescimento nas mortes infantis. Ademais, cabe ressaltar que a má distribuição de rendas no Brasil tem contribuído para o crescimento da taxa de óbitos infantis. De acordo com o coeficiente de Gini, o Brasil é um dos países que apresenta uma das maiores desigualdades do mundo, em que metade da população vive com menos de um salário mínimo, segundo IBGE. Sendo assim, é notável que a baixa renda impossibilita que todas as necessidades básicas, asseguradas pela Constituição Brasileira, sejam atendidas como acesso a alimentação de qualidade, tornando-se esse um dos fatores que tem contribuído para o aumento na taxa de mortalidade infantil. Dessa forma, é notável que a desnutrição causada pela baixa ingestão de nutrientes é um dos principais aspectos contribuintes para o agravo dessa problemática. Torna-se evidente, portanto, que caso nenhuma medida seja tomada a taxa de óbitos infantis continuará subindo. Destarte, é necessário que o Governo, junto com o Ministério da Saúde, crie postos de atendimentos a gestantes, oferecendo-lhes os medicamentos necessários para uma boa gestação, além do acompanhamento com exames periódicos para que caso haja presença de alguma doença, ela seja diagnosticada com antecedência, podendo ser tratada. Além do mais, é preciso que o Governo desenvolva projetos juntos com empresas, oferecendo isenções fiscais para que elas ofereçam estudos e empregue as famílias de baixa renda, a fim de proporcionar uma melhor condição de vida, aumentando a renda familiar. Dessarte, o Super Homem de Nietzsche deixará de ser apenas uma teoria e tornar-se-á a realidade vivenciada por toda a sociedade brasileira.