A mortalidade infantil, que tem alvo principal os países de terceiro mundo, é causada por dois fatores: a baixa veiculação de informações entre gestantes e profissionais da saúde, e o serviço publico que não oferece acompanhamento pré-natal e pós-parto de qualidade. Para que haja diminuição dessa taxa será preciso que o Governo esteja engajado em dar suporte em todo o período gestacional e após o nascimento do bebê, com acompanhamento pediátrico e na vacinação, a fim de que haja total proteção do recém-nascido. O pré-natal é essencial para determinar o quão saudáveis estão a gestante e o feto ao longo dos nove meses. Esse acompanhamento garante que doenças como diabetes gestacionais e pré-eclâmpsias sejam percebidas e controladas antes que causem danos permanentes a saúde da mulher e do feto. Por isso, é de extrema importância que haja garantia do Governo de que todas as gestantes tenham esse acompanhamento em hospitais públicos. Ao longo dos anos houve uma onda de desinformação que se entrelaçou aos mitos carregados de geração a geração e que trouxeram prejuízos às gestantes e aos fetos. Por exemplo, a amamentação em livre demanda que é assegurada pela OMS como sendo de extrema importância em até, no mínimo, seis meses desde o nascimento do bebê, pois o aleitamento materno garante que haja o desenvolvimento das defesas da criança. Entretanto, de acordo com os mitos despejados, o leite materno não é o suficiente para alimentar, sendo, então, necessário o acréscimo de fórmula. Diante de tantas mentiras disseminadas, fora criado o documentário “O renascimento do parto” para auxiliar mulheres grávidas a desmistificar histórias passadas a gerações. A fim de que as mulheres tenham os direitos respeitados ao longo da gravidez e um bom acompanhamento pré-natal, é necessário que o Ministério da Saúde esteja investindo na criação de hospitais de referência, como a maternidade Sofia Feldman, em outros estados do Brasil, selecionando profissionais da área de ginecologia e obstetrícia que desmitifiquem as mentiras criadas e que sejam humanizados em cada atendimento, além de profissionais pediátricos e neonatais, assim, garantindo que o pré-natal e o pós-parto sejam monitorados por equipes engajadas a diminuir a mortalidade infantil no país.