Com o avanço da medicina nas últimas décadas, a mortalidade infantil reduziu significativamente no Brasil. Entretanto de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os índices voltaram a crescer em 2016. Com isso, fica nítido que um problema antes controlado, está voltando a ocorrer, não só pelos cortes de investimento no Sistema Público de Saúde, mas também pela gravidez precoce que atinge o país. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o SUS está deficiente por falta de investimento. Conhecida popularmente como "PEC da Morte", a emenda constitucional, que estagnou os investimentos por vinte anos, afeta diretamente a saúde e a educação. Nessa perspectiva, fica notável que o país não consegue e provavelmente não conseguirá manter o atendimento consistente com a excassez de verba, que tende a piorar ano à ano, já que população naturalmente cresce. Com isso, percebe-se que infelizmente não é possível oferecer uma pré-natal de qualidade, afetando diretamente os récem-nascidos que em maioria depende do sistema. Outrossim, é inegável que a gravidez precoce não seja vista como uma impulsionadora da problemática. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem o índice de gravidez adolecente acima da média, o que duplica as chances de mortalidade infantil e materna. Nesse sentido, fica claro que a mortalidade dos bebês tende a ser alta em países com essa característica, e que, em suma, cabe ao governo sua resolução. Torna-se evidente, portanto, que a mortalidade infantil é um problema preocupante que afeta milhares de vidas todos os anos. Para que isso mude, faz-se necessário que o Poder Legislativo, por meio de suas atri- buições, revogue a PEC do congelamento de investimentos, ao menos para a saúde, e assim permita a volta dos investimentos no SUS. Aliado a isso, é preciso que o Poder Executivo aumente o alcance das campanhas que estimulam o uso da camisinha nas escolas. Dessa forma é possível diminuir ou até erradicar a mortalidade entre os recém-nascidos e garantir um futuro melhor para o país.