Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, o aumento da mortalidade infantil no Brasil impossibilita que essa parcela da população desfrute desses direitos na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados pela ação conjunta de setores públicos e sociais a para que uma sociedade justa seja alcançada. Segundo o filósofo contratualista John Locke, ao ser firmado o contrato social, torna-se dever do Estado garantir o bem-estar da população. Baseado nisso, seria racional acreditar que o Brasil oferece uma boa assistência médica para gestantes e crianças de até um ano ano de vida. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é refletido em dados vinculados pela revista Carta Capital, que revelam um aumento de 5% da mortalidade infantil de 2016 em relação a 2015. Diante do exposto, é inadmissível que um país de economia tão forte como o Brasil permita tais retrocessos para a sua população. Faz-se mister, ainda, ressaltar a queda da taxa de vacinação como impulsionador do problema. Tal fato é causado pela falta informações acerca da caderneta de vacinação, o que leva parcelas dos cidadãos a acreditar que vacinas são perigosas ou desnecessárias. Consequentemente, doenças como a febre amarela, o sarampo e a zika, antes controladas, voltaram a causar surtos e vitimizaram diversos recém-nascidos. Logo, com base no pensamento do filósofo alemão Immanuel Kant de que o homem é fruto da educação recebida, medidas educacionais tornam-se prioritárias para a mudança da atual conjuntura. Destarte, o retrocesso observado resulta de entraves administrativos e sociais. Logo, o Ministério da Saúde deve, em parceria com o Ministério da Educação, informar a população, principalmente de áreas mais pobres, acerca dos cuidados necessários na gravidez e da importância e dos benefícios de vacinas através de campanhas publicitárias veiculadas pela internet e pela televisão, além de contratar agentes para visitar cada casa dessas regiões, informando e tirando dúvidas acerca do assunto, visando o retorno da diminuição da taxa de mortalidade infantil. Outrossim, o Governo Federal deve repassar para os estados a verba necessária para a manutenção e ampliação de unidades de saúde e para o oferecimento do saneamento básico. Assim, uma sociedade mais justa será alcançada com base na promoção dos direitos humanos.