A diminuição da mortalidade infantil no Brasil encontra diversos empecilhos. Essa tese pode ser comprovada por meio de dados divulgados pelo Ministério da Saúde, os quais apontam que, após décadas de queda, foi registrado uma alta na taxa de mortalidade infantil. Nesse sentido, algo deve ser feito para alterar essa situação, uma vez que o aumento da pobreza e a crescente disseminação de "fake news" contribuem para o agravamento dessa problemática. De acordo com a revista científica "Plos Medicine", o aumento da pobreza no Brasil influencia fortemente o aumento da mortalidade infantil. Isso porque as principais causas dessa adversidade em crianças pobres são diarreia e desnutrição, fatores que estão diretamente ligados a garantia (ou a falta dela) de direitos sociais, como o saneamento básico. Sendo assim, a negligência do Estado, ao investir precariamente em direitos básicas para toda a população, favorece a ampliação desse problema. Ademais, a larga difusão de notícias falsas está intimamente atrelada ao aumento da taxa de mortalidade infantil. Isso se deve, posto que o conteúdo das mensagens veiculadas pelas mídias sociais são questionamentos sobre a necessidade e a importância da vacinação, prática fundamental para a saúde e sobrevivência das crianças, o que ocasionou o menor nível de imunização, segundo o Ministério da Saúde, em 16 anos. Dessa forma, tendo em vista o quadro apresentado e acrescentado a isso, o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, como o sarampo, é possível compreender a elevação do número de crianças mortas. Nesse prisma, urge a tomada de medidas a fim de reverter o cenário relatado. Logo, o Governo Federal deve investir fortemente e fortalecer programas sociais que visam o combate à pobreza e que assegurem o direito à boas condições de vida. Por outro lado, a mídia, juntamento com o governo, deve realizar campanhas, mediante propagandas televisas, que retratem a importância e a eficácia da vacinação, demonstrando o procedimento realizada na imunização. Destarte, o Brasil poderá ser mais seguro para todos, principalmente para as crianças.