A Constituição brasileira de 1988 garante que toda a população tem direito inalienável à saúde. Contudo, ao contrário de países desenvolvidos, o Brasil tem uma quantidade considerável de indivíduos mortos antes de completarem 1 ano de idade, a chamada taxa de mortalidade infantil, que vem crescendo desde 2016. Dentre os fatores motivadores, estão a falta de vacinação e de acompanhamento pré-natal. Esse panorama deve ser mudado. A população pobre, mais suscetível à desinformação, muitas vezes evita vacinar suas crianças por desconhecerem os benefícios dessa ação. Com isso, a mortalidade infantil aumenta. Dados do Ministério da Saúde atestam que, em 2018, houve queda na vacinação de pessoas entre 0 e 2 anos de idade; entre as causas da redução está a crença de que a vacina levará à morte dos infantes. Esta realidade mostra que a ineficiência da Federação em educar os cidadãos tem trazido prejuízos também à saúde deles, algo que deve ser combatido. Somado a isso, as gestantes mais pobres sofrem com a falta de hospitais, diminuindo as possibilidades de realização do pré-natal. Segundo o IBGE, menos de 50% das mulheres de periferia são atendidas pelo "Saúde da Família", programa de assistência familiar do SUS. Nesse contexto, o governo tem se mostrado deficiente em garantir a todos o pleno exercício de seus direitos constitucionais, apesar de adotar um regime democrático. Cabe, portanto, ao Estado a reversão desse cenário. O Ministério da Saúde, por meio de mais campanhas de vacinação em escolas, e a Federação, investindo na construção de mais hospitais, devem buscar diminuir as taxas de mortalidade infantil, a fim de se levar saúde a todos de forma plena. Dessa maneira, consegue-se um país mais justo.