O ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente, prevê a todas as crianças o direito a saúde, educação, alimentação e, principalmente, á vida. Entretanto, o aumento da mortalidade infantil no Brasil, tem revelado o oposto do pregado pelo estatuto. Nesse sentido, cabe destacar os fatores agravantes desse quadro tanto no âmbito social, quanto no âmbito educacional. Vale frisar, primeiramente, a influência da desigualdade social como fator perpetuante da adversidade. Segundo o Portal Globo de Noticias, dentre o período de 2000 á 2016, o único ano em que a taxa de mortalidade infantil não decresceu foi o ultimo. Esse cenário se dá, principalmente, pelo aumento do abismo social presente na população brasileira, gerando condições de vida e estrutura familiar agudamente desigual para suas crianças, e, consequentemente, levando a parcela menos abastada delas a situações extremas de saúde e até mesmo a morte. Por outro lado, vale frisar a influência negativa da precariedade do sistema educacional brasileira outro foco da problemática. Segundo Rubém Alves: "A escola pode dar asas, mas também pode ser a gaiola.", essa reflexão traça um paralelo á crescente do índice de mortalidade infantil, uma vez que a escola pode ser a única oportunidade de se alimentar, se socializar e estudar de forma digna de várias crianças. Entretanto, essa não é a situação de grande parcela delas, que se encontram nas ruas, marginalizadas, expostas ao crime, as drogas e a fome por conta da falta de escolas e politicas de inserção social especializadas nesse contexto. Sendo assim, providências fazem-se necessárias para a solução do impasse. Logo, cabe ao Ministério da Educação a elaboração do programa "Escola Para Todos", que visará a construção de novas escolas Municipais e Estaduais, focadas para recuperação de crianças e adolescentes que estão em situação de rua e miséria no Brasil, propiciando alimentação, socialização e estudos para que a reinserção social dessa criança se suceda de forma saudável tanto para ela, quanto para a sociedade. Dessa forma, o Brasil poderia diminuir significativamente a mortalidade infantil.