Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, ao analisar o aumento recente na taxa de mortalidade infantil. Percebemos que esse ideal está bem distante da nossa sociedade. Fatores como a precariedade dos hospitais públicos e ausência de um apoio especializado para gestantes de regiões mais pobres contribuem para a permanência dessa realidade. A questão do desleixo do sistema público de saúde, por parte dos governantes, é um problema antigo que, há muito tempo, vêm afetando várias áreas que dependem do mesmo, inclusive gestantes. Segundo uma pesquisa feita pelo G1, só em 2017, mais de 8 estados brasileiros apresentaram um aumento de 7% na taxa de mortalidade infantil. É importante citar que há uma maior predominância dessa taxa em regiões mais pobres do país, onde gestantes dependem diretamente do sistema público de atendimento. Além de não receberem tratamento adequado, muitas grávidas estão sujeitas a doenças que podem vir a prejudicar sua gestação caso não recebam atenção profissional, como a Anemia, por exemplo. Desse modo, é indubitável o que a crítica situação do sistema de atendimento hospitalar público pode causar caso não receba a devida atenção. Outrossim, a ausência de um sistema público de auxílio a gestantes de origem mais humildes é outro tópico que precisa ser analisado. Segundo Drauzio Varella, renomeado médico e escritor brasileiro, sem um auxílio profissional, “gestantes de primeira viagem” podem vir a cometer erros que podem comprometer a sua gestação. Com um profissional ao lado, todas as dúvidas de uma “mãe novata” poderão ser esclarecidas, aumentando assim as chances de uma gestação mais saudável. Logo, é indiscutível a importância de um auxílio profissional para garantir gestações mais seguras. Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para combater esse entrave, para assim, tornar nossa sociedade mais próxima da realidade iluminista. O Governo Federal, com base no uso de impostos, pode fazer um grande investimento no sistema público de saúde, isto é, na infraestrutura e nos equipamentos. Assim, todos que dependem dele, inclusive gestantes, terão acesso a um atendimento mais adequado e completo. Seguindo o mesmo caminho, o Governo Federal pode criar um time de obstetras que atendam especificamente em regiões mais carentes do país, isso irá agir diretamente na falta de auxílio a gestantes mais humildes que não podem pagar um tratamento particular.