Título da redação:

Progressão Aritmética Social

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 16/03/2019

Há décadas ouve-se dizer sobre a questão da mortalidade infantil, composta pela relação entre o número de nascimentos e óbitos num determinado intervalo de tempo. Nesse sentido, vale evidenciar que o Brasil, bem como diversos outros países, sofre com os efeitos causados por essa mazela social que assola, fortemente, a sociedade moderna. No plano da matemática, a mortalidade infantil funciona como uma progressão aritmética (P.A.), isto é, uma sequência numérica crescente na qual fatores como, o baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o escasso auxílio governamental tornam-se a razão dessa P.A. Além disso, a falta de vacinação, principalmente, nos primeiros dias de vida da criança e a desnutrição, sobretudo, em países pobres, como o Haiti e alguns países africanos são fatores que não só fomentam o aumento, mas também a manutenção dessa problemática. Segundo o jornal Folha de São Paulo, no início da década de 1990, o Brasil apresentava uma redução anual média estimada em 4,9% na taxa de mortalidade infantil, superando a meta estimada pela UNICEF, organização que luta pela causa descrita no tema desse texto. No entanto, houve um aumento de 5% nesse índice totalizando 14 óbitos a cada mil nascimentos. No mais, em países desenvolvidos, como o Japão e Suécia esse índice está abaixo de 3, enquanto que países como Serra Leoa e Somália estão acima de 100, tipificando, dessa forma, o gritante, caos social presenciado por esses países. É indubitável, portanto, que medidas devem ser tomadas para atenuar esse impasse. Sendo assim, cabe ao Poder Público, enquanto Executivo, juntamente com o Ministério da Saúde mapear as regiões mais precárias nas quais há maiores incidências de famílias carentes, sobretudo, gestantes e mães sem as condições mínimas necessárias para uma qualidade de vida digna, já prevista na Constituição Federal de 1988. O primeiro deve promover as desburocratizações necessárias, objetivando agilizar o projeto de mapeamento das áreas necessitadas. O segundo, por sua vez, deverá mobilizar todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) em torno das áreas, já mapeadas, a fim de atender o maior número de pacientes possível. Tornando, assim, essa “P.A. social” descrescente.