Título da redação:

O Retorno Miserável

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 29/10/2018

Apesar do avanço no combate à mortalidade infantil dos anos 2000 até atualmente, ainda é visível que muitos países oscilam os números no combate a ela. A pobreza atrelada a falta de condições básicas para garantir a gravidez e o desenvolvimento são uma das principais causas que sucede regressos e progressos. Os países desenvolvidos, como a Alemanha e Reino Unido, referências mundiais em saúde, têm registrado êxito na redução das taxas de óbitos infantis. Porém, países que ainda estão em desenvolvimento, ora o sucesso ganha destaque, ora o regresso reaparece. Cabe ressaltar que essa oscilação em países emergentes, em especial no Brasil, é consequência da redução de verbas na área da saúde - principalmente em locais pobres - deixando que os hospitais públicos fiquem limitados aos atendimentos, o número de médicos se reduza de forma significativa e a intensificação do acompanhamento pré-natal com a tecnologia necessária se comprometa. Nesse viés, o combate à mortalidade infantil varia consideravelmente visto que as condições essenciais tornam-se minimizadas. As poucas ações efetivas para a resolução dos conflitos tornaram as grávidas, em especial as de classe baixa, refém dos órgãos públicos os quais não intensificam seus esforços para fornecer apoio aos menos favorecidos. Vale ressaltar ainda, que o Brasil é um país que possui enormes reservas naturais e uma boa economia. Contudo, esse dinheiro não é investido de forma correta resultando, dessa forma, em um sistema de saúde debilitado. Outra forma da má gestão dos recursos, encaixa-se quando o aumento dos casos de mortalidade infantil atrela-se à falta de saneamento básico nas cidades, pois nos últimos três anos os índices aumentaram devido ao surto da Zika, Chikungunya e dengue - vetores responsáveis pela microcefalia- o que fez muitos recém nascidos não sobreviver. Haja vista essa situação, é preciso, portanto, uma reorganização governamental nos municípios. É necessário investimentos governamentais em saúde e em saneamento básico, com prioridade nas áreas carentes, reforçando programas no acompanhamento da gestação e no início da infância, com a introdução de mais profissionais da saúde e novos equipamentos de tecnologia, como também, melhorar o tratamento do esgoto e reduzir a água parada a fim de resolver de forma prolongada os casos da mortalidade infantil.