Título da redação:

O fator materno versus o aumento da mortalidade infantil no brasil

Proposta: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 14/12/2018

A retomada do crescimento da mortalidade infantil tem sido observada de forma expressiva em todas as regiões brasileiras desde 2016. Entre as causas especuladas pelos especialistas em saúde infantil, a dependência química e/ou comorbidades maternas têm sido fatores considerados oportunos para o desfecho trágico de morte dos recém-nascidos até completarem o seu primeiro ano de vida. Nesse contexto, a dependência química, seja de natureza lícita ou ilícita, é cientificamente comprovada como responsável por danos irreversíveis ao embrião ou feto, tais como malformações congênitas que acometem o encéfalo e impossibilitam a vida por longos períodos após o nascimento. Tal premissa baseia-se no aumento de mulheres em idade fértil usuárias massivamente de álcool, tabaco, drogas narcóticas, maconha e crack segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017. Infelizmente, uma parcela dessas mulheres engravidam e não cessam esses hábitos nocivos durante a gestação desencadeando o surgimento de quadros patológicos infantis letais. Somado a isso, o aumento do número de casos de mulheres com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente a sífilis, ressurgida desde 2013 e considerada epidêmica na atualidade, é outra causa potencial de retorno do crescimento da mortalidade infantil. Essa associação é baseada na premissa que quando a gestante não é tratada ocorre a transmissão com o possível desenvolvimento do quadro de sífilis congênita responsável por sequelas funcionais que podem levar a óbito, inclusive até os 12 meses de vida. Logo, o ministério da saúde precisa fomentar continuamente programas de saúde específicos para as gestantes voltados à conscientização quanto à suspensão de qualquer tipo de droga, bem como quanto a relevância da realização do pré-natal completo para o diagnóstico e tratamento adequado de qualquer doença que possa acometer o futuro bebê. Com isso, espera-se que ocorra novamente a diminuição da mortalidade infantil tendo em vista o controle de fatores altamente passíveis de serem evitados no período gestacional.