O índice de desenvolvimento humano de uma nação está intimamente relacionado aos seus números de mortalidade infantil. Dessa forma, o recente e infeliz aumento dessas estatísticas no Brasil revelam uma ampla diversidade de negligências do Estado atual para com questões humanitárias, principalmente atreladas à área da saúde. O Brasil é um país que teve o seu desenvolvimento urbano, apesar de tardia, bastante acelerado. Ao longo do século XX, aproximadamente 40 anos foram necessários para fazer de um país predominantemente rural para o que é hoje. Naturalmente, os números em mortalidade infantil tandem a acompanhar esse fenômeno, tendo em vista que a vida na cidade geralmente pressupõe uma maior instrução, logo uma maior consciência sobre questões com pré-natal e outros conceitos da medicina preventiva. No entanto, os últimos dois anos mostraram que índices como essas ainda dependem de investimentos prioritários do Estado. Em suma, o indiscriminado corte de gastos do atual governo brasileiro vem atingindo não somente a saúde, mas também a educação e até mesmo a cultura. Assim, fica evidente a responsabilidade do Estado quanto à volta da mortalidade infantil, sendo ele mesmo o principal agente de uma eventual intervenção. Levando isso em conta, são urgentes, por parte do Governo Federal, medidas para revogar tais cortes, principalmente na área da saúde. Dessa forma, torna-se possível retomar investimentos que priorizem a infraestrutura dos centros hospitalares, melhorando não só a condição do atendimento às gestantes, mas também o acompanhamento do desenvolvimento de recém-nascidos, com pediatras. Por fim, tais propostas têm a capacidade de trazer novamente os índices de mortalidade infantil para as condições de constante decrescimento, evidenciadas nas últimas décadas do século XX e no início dos anos 2000.